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Formações Florestais do Brasil I

O professor Ricardo fala sobre as formações florestais do Brasil, confira!

Formações florestais do Brasil II

Formações complexas do Brasil I

Formações complexas do Brasil II

Vegetações litorâneas e herbáceas do Brasil

Os Biomas Brasileiros

Vamos estudar os principais biomas brasileiros e o uso de cada um deles, demonstrando o impacto e a utilidade, além das principais características naturais de cada um. Antes de se aprofundar, é importante ter em mente a localização de cada um dos biomas citados.

 

Formações florestais do Brasil

Floresta Amazônica

Possuindo clima equatorial, é classificada como uma formação florestal latifoliada ocupando também outros países da América do Sul. Possui alta heterogeneidade, ou seja, variedade de espécies e no geral tem folhas largas e árvores de grandes alturas. Vegetação perene, pois as árvores não perdem folhas em um determinado período do ano. Sua vegetação pode ser dividida em três extratos:

  • Igapós, áreas permanentemente alagadas ao longo dos rios que porta plantas de pequeno porte.
  • Várzeas, áreas de inundação periódica com vegetação de porte médio, indo até 20 metros de altura
  • Terra firme, área que ocorre a vegetação de grande porte, chegando a mais de 60 metros de altura.

Os principais impactos são: Queimadas para a retirada de madeira, contaminação de rios com o mercúrio (mineração), alagamentos para a construção de hidroelétricas e o desmatamento associado ao avanço do agronegócio, principalmente, pecuária e soja.

 

Mata atlântica

A mata atlântica ou Floresta Latifoliada tropical ocupa 13% do território brasileiro, sendo a terceira maior, depois do cerrado e da floresta amazônica. É presente no litoral do país, desde o estado do Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul. Foi um dos domínios mais degradados pelo homem desde o período colonial. Assim, possui muitas espécies endêmicas, ou seja, espécies que só são encontradas e adaptadas a este domínio.

O principal impacto está associado a exploração pelo homem (colonização e urbanização) o que levou à existência de apenas 7% da vegetação original. Essa floresta foi amplamente utilizada na construção urbana, contando até hoje com a captação de seus recursos hídricos de maneira intensa. Por estar situada no litoral, sofre com o adensamento urbano e populacional sobre ela.

 

Araucárias

Esse tipo de vegetação pertence a dois domínios que se localizam na região sul do Brasil, o primeiro mais ao norte da região e o segundo no extremo sul. A Floresta de Araucárias é uma floresta de pinheiros, em que a vegetação é adaptada às condições climáticas de temperaturas que variam entre moderadas a baixas no inverno, além de contar com solos férteis.

 

Mata dos cocais

A Mata dos Cocais não é propriamente um bioma, e sim uma zona de transição entre a Caatinga e a Floresta Amazônica, apresentando características dessas duas vegetações. São extensas florestas formadas por duas espécies de palmeira, o babaçu e a carnaúba. O avanço do agronegócio sobre a região do Mapitoba (acrônimo de Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia) é a principal ameaça a essa vegetação.

 

Formações complexas do Brasil

Cerrado

É também conhecido como a “Savana brasileira”. Seu clima é o tropical continental, com verões chuvosos e inverno seco. A vegetação é caracterizada por ser tropófila, adaptada às duas estações bem definidas, além de apresentar dois estratos bem definidos, o herbáceo e o arbustivo, com a mata de galeria. No geral, sua vegetação possui raízes profundas e cascas grossas, que dificultam a perda de água, que não é um recurso tão abundante na região. O solo é pobre em nutrientes e muito ácido, devido ao intenso processo de lixiviação (lavagem dos nutrientes do solo), que resulta na laterização do solo, devido ao acúmulo de minerais menos solúveis, como o alumínio. É uma vegetação profundamente relacionada às queimadas. O principal impacto está associado ao avanço da fronteira agropecuária. Hoje, 40% da vegetação original não existe mais, devido à expansão do cultivo de soja e áreas de pastagem.

 

Caatinga

A vegetação desse domínio é xerófila, adaptada ao clima semiárido, armazenando água nas estações secas para se manter. Como exemplos, podem-se citar cactáceas e arbustos caducifólios e espinhosos. No verão, com a ocorrência de chuvas, brotam folhas e flores; no inverno, fica seco. É o único bioma que está só e totalmente no território brasileiro, ocupando 10% do país. Em termos regionais, corresponde a 70% do Nordeste. Apesar de estar no semiárido, a Caatinga possui riqueza de fauna e flora. Nos períodos de estiagem, perde suas folhas. O principal impacto associado a essa vegetação é o processo de desertificação, devido à agricultura e à pecuária manejadas de forma inadequada.

 

Pantanal

Ocupando uma área 27 vezes menor que a do bioma da Floresta Amazônica, o Complexo do Pantanal se localiza na Região Centro-Oeste, estendendo-se também por Paraguai e Argentina. É considerado a maior planície inundável do mundo. Nas épocas de chuva, há o extravasamento dos leitos dos rios, o que regula a dinâmica da fauna e flora da região. Quando os níveis do rio baixam, os solos ficam muito ricos em nutrientes. É uma zona de transição entre a Floresta Amazônica, a Mata Atlântica e o Cerrado, e possui grande biodiversidade, sendo, por isso, denominado Complexo do Pantanal. Porém, recentemente, vem sendo ameaçado cada vez mais pelo avanço da pecuária, queimadas e cultivo de soja. Esse cultivo pode gerar a contaminação do lençol freático e aquíferos da região, devido à utilização de agrotóxicos.