Europa dos 6
CEE e Tratado de Maastrich
Membros do União Europeia
Crise na zona do euro
Crise na Grécia, Irlanda e Portugal
PIIGS e a crise do Chipre
União Europeia (UE)
União Monetária e Política formalmente criada em 1992, a partir do Tratado de Maastricht para estabelecer uma cooperação econômica e política entre os países europeus. É um dos exemplos de blocos mais avançados apresentando uma integração econômica, social e política, moeda comum, livre circulação de pessoas e funcionamento de um parlamento único. Recentemente, com a crise de migração enfrentada pelo velho continente, observou-se a criação de uma polícia de fronteiras. O bloco é composto por 28 países membros. Em junho de 2016, através de um plebiscito, o Reino Unido decretou a saída do bloco econômico, que deve ocorrer em 31 de janeiro de 2020.
O embrião do bloco surgiu em meados de 1957, com a criação da Comunidade Econômica Europeia (CEE). Era formada apenas pela: Alemanha, Bélgica, França, Itália, Luxemburgo e Países Baixos. Esta organização também era chamada de “Europa dos 6”. O contexto de criação da CEE foi na Guerra Fria, momento em que o mundo vivia a bipolarização entre os norte-americanos e soviéticos. O maior objetivo era formar uma aliança para fortalecer as comunidades europeias, recuperar suas economias e enfrentar o avanço da influência norte-americana. Nesse mesmo contexto, a Europa buscava se reconstruir dos danos da Segunda Guerra Mundial e, bem como, garantir a paz. Dessa forma, outra intenção foi construir uma força militar e de segurança. Na década de 1980 outros países integraram a CEE como: Reino Unido, Grécia, Espanha, Dinamarca, Irlanda e Portugal. Com a adesão destes países, a comunidade europeia se chamaria de “Europa dos 12”.
Tratado de Maastricht (1992) propôs uma integração e cooperação econômica, buscando harmonizar os preços e as taxas de importação. Em 1999 foi projetada a união monetária, a qual consistia na criação de um Banco Central e da moeda única, o Euro. Esta nova moeda foi capaz de gerar profundas mudanças no cenário geopolítico e pode dar condições de fortalecer a economia. Nem todos os países membros são permitidos adotar o Euro ou eles mesmos não desejam, como o caso do Reino Unido que manteve a libra esterlina como moeda principal. Outro acordo interno é o Espaço Schengen, no qual estabelece a livre circulação de pessoas, novamente, nem todos os países que pertencem à União Europeia fazem parte desse acordo.
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Crise econômica na Zona do Euro
A crise de 2008 nos Estados Unidos teve grandes consequências para a Europa, principalmente nos países do Mediterrâneo. Em países como a Grécia e a Itália, houve um aumento significativo da dívida pública, que ultrapassou até mesmo os limites estabelecidos pelo Tratado de Maastricht. Nesses países, o crescimento econômico se estagnou e os índices de desemprego sofreram grande alta. Na Grécia, por exemplo, em 2011 a taxa de desemprego atingiu 17,3 % da População Economicamente Ativa (PEA). Grande parte dos países, principalmente a partir de 2010, sofreram uma forte elevação do Déficit Público, ou seja, o Estado estava gastando mais do que arrecadava, contribuindo para o aumento da Dívida Pública dos países membros da União Europeia. Como solução, os governos têm optado por cortar investimentos e despesas e elevado os impostos e tarifas públicas. Por sua vez, essas medidas acabam por gerar uma contenção do crescimento econômico e não resolvem as taxas de desemprego, pois diminuem o poder de consumo de bens e serviços da população.