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Toyotismo: o modelo flexível de produção

O modelo produtivo flexível (Toyotismo) surge com a proposta de solucionar as dificuldades enfrentadas pelo Fordismo no Japão. Nesse sentido, entenda a relação entre o território japonês e o sistema de produção toyotista.

Produção diversificada e pouco durável

Ciclo de obsolescência programada

Desconcentração espacial do Toyotismo

Just in time

Terceira Revolução Industrial

Ciclo de inovação e domínio das potências tecnológicas

O Toyotismo, ou modelo de produção flexível, surgiu a partir das limitações do Fordismo, que é considerado um modelo rígido.

 

O surgimento do Toyotismo

O modelo de produção toyotista foi idealizado por Kiichiro Toyoda e Taiichi Ohno e difundido pelo mundo a partir de 1970. O Toyotismo, também conhecido como sistema flexível ou pós-fordista, foi desenvolvido em uma fábrica de automóveis da Toyota, no Japão, buscando atender às especificidades da produção e do território japonês. Todavia, suas características despontaram como alternativa ao Fordismo, que enfrentava sua crise na década de 1970. Ele está relacionado com a Terceira Revolução Industrial ou Revolução Técnico- Científico-Informacional.

 

Características do Toyotismo:

  • Produtos pouco duráveis: a durabilidade foi um problema para o Fordismo. Nesse sentido, a lógica do Ciclo de Obsolescência Programada, em que os produtos possuem uma data de “validade”, foi fundamental para superar as limitações do consumo fordista. Não é que o produto quebre com facilidade, mas ele vai se tornando lento, limitado e obsoleto. É o que acontece com os celulares; à medida que o tempo passa, parecem demorar mais para conseguir abrir os mesmos aplicativos.
  • Diversificação: a produção diversificada, com muitas opções, buscando atender às características de cada mercado, foi importantíssima para ampliar a variedade de produtos. Assim, se aquele país apresenta um poder de comprar menor, a empresa não deixa de vender para ele, pois pode produzir algo mais barato e adequado ao poder aquisitivo de cada região do mundo.
  • Produção sob demanda e recurso logístico just in time: a ideia era produzir de acordo com a demanda, sem gastar matéria-prima excessiva, fazendo a requisição de um produto ou recurso apenas quando ele fosse necessário. Isso possibilitou a redução dos estoques e da chance de perdas financeiras em caso de crise.
  • Desconcentração industrial: com os avanços nos transportes e comunicações possibilitados pela Terceira Revolução Industrial, foi possível espalhar a indústria por diversos lugares no mundo, buscando vantagens competitivas individuais que os lugares tinham a oferecer, como mão de obra mais barata ou legislação ambiental mais flexível.
  • Mão de obra qualificada: outra característica que possibilitava o amplo desenvolvimento desse modelo. Com uma mão de obra altamente educada e qualificada, toda melhoria no processo produtivo poderia ser mais rapidamente incorporada, ao mesmo tempo que esses trabalhadores contribuíam para esse progresso. Era muito comum incentivar o trabalhador a desenvolver melhoras na estrutura produtiva. Quando isso era alcançado, ele recebia um bônus no salário, por exemplo.
  • Automação da produção e robótica: por fim, a automação da linha de produção possibilita a redução dos custos produtivos com mão de obra e a maximização dos lucros. Com o desenvolvimento tecnológico associado à robótica, informática e outros setores, foi possível criar fábricas cada vez mais autônomas, com exigência de menos mão de obra. Tal condição leva ao desemprego estrutural, que é irreversível, pois o emprego perdido não será recuperado no futuro. Essa questão é um dos principais desafios do século XXI. Esse conteúdo ainda será mais aprofundado na aula de Quarta Revolução Industrial e o futuro do trabalho.

 

 

Diferença do fluxo de produção industrial. No primeiro fluxo da ilustração, está escrito “produção empurrada”, que corresponde ao Fordismo. No segundo, “produção puxada”, que indica o Toyotismo.