Revolução Russa
Ascensão de Stalin
Morte de Lênin
Sustentação de Stalin
Planos Quinquenais
A Segunda Guerra Mundial
Guerra Fria
A Revolução Vermelha
A volta de Lenin de exilio no ano 1917 aprofundou o processo revolucionário na Rússia, principalmente com a divulgação das Teses de Abril. Através delas declarava “todo poder aos sovietes” e defendia uma revolução com “Paz, pão e terra”, ou seja, a saída da guerra, o fim da fome e a reforma agrária. Com essas diretrizes, Lenin conquistou o apoio do povo e dos sovietes e, em outubro de 1917, liderando os bolcheviques e com apoio de Trotsky e da sua Guarda Vermelha, cercou a capital e iniciou a nova revolução que, finalmente, derrubou o Governo Provisório menchevique.
O novo governo, liderado por Lenin, iniciou assim um processo de nacionalização das indústrias, promovendo a autogestão dos operários (seguida da submissão dos conselhos operários ao Estado), realizou uma reforma agrária, com a coletivização do campo, e assinou o armistício de Brest-Litovski com a Alemanha, retirando a Rússia da Guerra. Em 1918, Lenin ainda dissolveu a Assembleia Constituinte, dando mais poder aos Sovietes. Contudo, as reformas instaladas não agradavam a todos e grupos mencheviques e czaristas se organizaram em um movimento contrarrevolucionário, que levou o país a Guerra Civil.
Durante o conflito, o novo governo bolchevique, liderado por Lenin, adotou o chamado Comunismo de Guerra, que garantia o total controle da economia, das terras e dos meios de produção por parte do Estado. No projeto econômico implementado, o novo governo almejava arrecadar mais recursos para garantir a vitória durante a Guerra Civil, assim, estatizou empresas, propriedades e bancos, realizou reformas agrárias, ampliou a censura e retirou a Rússia da Grande Guerra. Naturalmente, essa política desagradou a burguesia e expulsou o capital estrangeiro que investia no país, assim como garantiu a vitória do exército vermelho durante a Guerra Civil e a hegemonia dos bolcheviques.
Contudo, com uma crise ainda mais profunda após a Guerra Civil e sem ter como manter as bases do comunismo de guerra, Lenin, em 1921, tentando resolver os problemas econômicos e sociais do país, criou a chamada Nova Política Econômica (NEP), que tinha seu planejamento sintetizado na frase “Um passo atrás para dar dois à frente”. Apesar da NEP permitir um recuo ao capitalismo, o Estado ainda manteve seu domínio sobre setores considerados estratégicos para o desenvolvimento socialista, como a política externa, o setor de indústria de base e o sistema bancário. Na questão rural, os camponeses também voltaram a ter liberdade comercial interna, podendo vender parte da sua produção para o mercado, no entanto, a outra parte era destinada, a preço fixo, para o Estado.
A Nova Política Econômica, por ter um caráter provisório funcionou até 1928, sendo abolida pelo sucessor de Lenin (que morre em 1924), Josef Stálin. O novo líder russo, que assume o poder a partir de 1927, foi o responsável por toda uma construção política e ideológica de uma nova nação que surgiu oficialmente em 1922, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).