Precedentes
A Semana de 22 e os manifestos
Oswald de Andrade
Mário de Andrade
Manuel Bandeira
A Semana de Arte Moderna
A Semana de Arte moderna foi uma agressiva e intensa reação contra a monotonia sufocante das convenções tradicionais que regiam as artes de sua maneira ampla — pintura, escultura, literatura, música, dança, etc. Ela serviu para que artistas se unissem com o intuito de encorajar a ousadia e o experimentalismo, buscando maneiras mais criativas e independentes da produção artística. A Semana ocorreu nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922, ganhando seu espaço no Teatro Municipal de São Paulo. Fora organizada pelos reprsentantes: Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Paulo Prado, Graça Aranha, Menotti del Pechia, Di Cavalcanti, Ronald Carvalho, entre outros escritores, músicos e pintores.
Embora tenha sofrido inúmeras críticas, sobretudo de autores parnasianos e pré-modernos, que ainda beiravam uma cultura conservadora na literatura, obteve êxito e atingiu seus objetivos desejados, como: divulgação de ideais de uma nova geração de artistas que lutava pela renovação da arte brasileira, rejeitando o tradicionalismo e as convenções antiquadas; atualização da cultura do Brasil; Alinhamento das novas coordenadas culturais, socioeconômicas e políticas que regiam o mundo moderno; técnica diferenciada, mecanização e velocidade (inspiração clara das vanguardas europeias, que antecederam o movimento).
Assim, com um intuito de valorizar o país de modo verossímil, aprofundando suas análises críticas e desenvolvendo sua relação com os povos étnicos diversos, cultivou um espaço cotidiano para a representação das artes, pautada no dia-a-dia, além do tom prosaico e informal.
Revistas e Manifestos Brasileiros
A propagação dos princípios estéticos e a difusão das propostas de renovação artísticas, que foram apresentados na Semana de Arte moderna, serviram de alicerce consistente para a incorporação do modernismo no Brasil. Por meio de revistas e manifestos, grupos de diversos estados brasileiros aderiram às novas ideias do fazer artístico. As manifestações são: Revista Klaxon, Manifesto da poesia Pau-Brasil, Grupo Verde-Amarelo, Manifesto Regionalista, Revista Festa, Manifesto Antropofágico e Revista Belo Horizonte.
Modernismo - 1ª fase
A 1ª fase do Modernismo, ou também chamada de “fase heroica”, é considerada de suma importância para a literatura e as outras manifestações de arte, principalmente, porque foi impulsionada após a Semana de Arte Moderna, em 1922. Após a importância desse movimento, criou-se a necessidade de continuidade no processo da construção da ientidade brasileira, rejeitando as idealizações e as antigas exclusões de grupos sociais e regionalidades distantes. Nesse sentido, não somente a temática foi abordada de maneira diferente, como também a linguagem e a forma aparecem desvinculadas aos modelos europeus, como uma forma de negação à sociedade conservadora e mimética.
Após a influência das vanguardas europeias, que romperam padrões artísticos e desconstruíram a imagem prototípica do belo, dá-se início à valorização da liberdade de expressão. Influenciados pela criação artística, autores literários brasileiros sentem a necessidade de desenvolver uma poesia mais criativa e voltada para a realidade nacional. Neste sentido, a primeira fase do Modernismo, na poesia e na prosa, tem o intuito de ajudar a construir de - forma crítica - a identidade nacional, a partir do início do século XX.Desse modo, não só a retomada de preceitos românticos, reinterpretados de maneira mais realista, foram vistos, como também o repúdio e o afastamento de características parnasianas, que apresentam grande influencia da Europa, foram presentes no período. A seguir, as principais características do movimento: