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Contexto histórico

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Poesia: Primeira Geração

Interpretação do poema "Canção do Exílio"

Poesia: Segunda Geração

Interpretação do poema "Meus 8 anos"

Poesia: Terceira Geração

Interpretação do poema "Mater Dolorosa"

Prosa

Romantismo (1ª geração - poesia)

A primeira geração do Romantismo brasileiro na poesia, que também pode ser identificada como geração indianista ou nacionalista, é o primeiro marco dos movimentos literários e artísticos no país pós-colônia. Em outras palavras, com a chegada da corte portuguesa no território nacional, faz-se necessário criar uma representação sobre a terra tupiniquim, ampliando os valores da região, bem como também as belezas naturais, vistos pela fauna e a flora. No entanto, como o intuito principal era, de fato, a criação de uma nação para se amar e reconhecer, muitos autores buscavam nas figuras de linguagem e nas idealizações a melhor maneira de corresponder ao tema. 
 

Contexto histórico

O contexto histórico da primeira geração é marcado pela transição do Brasil-Colônia para o Brasil-Império. Em 1822, com a Independência do Brasil, após tantos anos de o país vivendo como colônia, fez-se necessário criar uma arte vinculada às nossas raízes nacionais. Os principais acontecimentos e influências que marcam esse período são:

  • Instalação da Corte Portuguesa no Brasil (1808);
  • Abertura dos Portos;
  • Chegadas das missões estrangeiras (científicas e culturais);
  • Revolução Industrial;
  • Era Napoleônica;
  • Revolução Francesa.
  • Principais características do romantismo
  • Idealização amorosa;
  • Sentimento nacionalista, culto à pátria;
  • Fuga à realidade;
  • Índio abordado de forma superficial, salvador da pátria;
  • Linguagem subjetiva;
  • Maior liberdade formal;
  • Vocabulário mais simples;
  • Natureza mais real, deixa de ser plano de fundo e interage com o eu lírico.

Romantismo (2ª geração - poesia)

Inspirados pelos autores europeus Lord Byron e Goethe, a Segunda Fase do Romantismo, conhecida também como “mal do século” ou geração "ultrarromântica",  é caracterizada pelo alto sentimentalismo e subjetividade. Algumas décadas depois da independência do Brasil, os poetas se afastaram da necessidade de nacionalismo e identidade, focalizado na primeira geração, abrindo espaço para uma maior representação sentimental e vontades do eu-lírico. Assim, também visto como um posicionamento egocêntrico de desinteresse ao contexto histórico, a segunda geração romântica trouxe o idealismo amoroso e as reflexões do indivíduo.

Assim, seguindo para o contexto histórico, o movimento,  posteriores aos ideais da Revolução Francesa - grande marco para o início do Romantismo na Europa -, “liberdade, igualdade e fraternidade”, que já não eram mais propagados com a mesma força, davam espaço para falta de crença nos valores de um novo cenário. Nesse sentido,há um enorme sentimento de insatisfação com o mundo, um “desencaixe” do ser humano com a vida, uma sensação de falta de conexão com a realidade. Tudo isso provoca um pessimismo no eu-lírico, causando uma aproximação com a morte e atração pelo elemento noturno/obscuro. 

Características principais:

  • Pessimismo;
  • Atração pela noite/noturno;
  • Sentimentalismo;
  • Fuga à realidade;
  • Idealização amorosa;
  • A amada/musa inatingível;
  • Figura feminina representando a pureza – anjo, criança, virgem;
  • Idealização do amor x medo de amar.

Dentre os principais autores da época, podemos citar: Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Fagundes Varela e Junqueira Freire.

Romantismo (3ª geração) 

Se na  Primeira Fase Romântica era possível ver uma preocupação extrema com a construção de um nacionalismo brasileiro, visando a identidade brasileira de modo idealizado, e a Segunda Geração se voltava mais à liberdade individual do eu-lírico, bem como o pessimismo individual frente às mudanças sociais, a última e Terceira Fase da escola romântica - também conhecida como geração condoreira (da ave símbolo da liberdade, condor) - apresentava uma vontade imensa de renovação social, bem como um desejo de maior engajamento político e social, colocando-se a frente de problemáticas socioeconômicas que perduravam no país.

Sobre seu contexto histórico, é importante ressaltar que o final do século XIX foi marcado por algumas manifestações libertárias no país, dentre elas, a abolição da escravidão, que ocorria em 1888. Antecedendo a este momento, autores da época apresentavam certa preocupação em tal problemática social, tendo em vista que o país fora um dos últimos a acabar com o tráfico de pessoas escravizadas. Nesse sentido, de modo a questionar os valores das épocas anteriores, sobretudo vindas da própria escola literária, o condoreirismo teve seu papel para atribuir voz às pessoas em situação de escravidão, bem como também promoviam uma poesia de reivindicação, com valores de igualade, justiça e liberdade para todos. 

Principais características:

  • Poesia social e libertária
  • Geração “hugoana/hugoniana”
  • Identidade nacional
  • Abolicionismo
  • Identidade africana como parte da identidade brasileira
  • Negação ao amor platônico
  • Erotismo e pecado

Dentre os principais autores da época, é possível destacar Castro Alves (o poeta dos escravos) e Sousândrade.