Modernismo: 1ª Fase
Leitura dos Textos
Modernismo: 2ª Fase (Poesia)
Leitura de texto
Modernismo: 2ª Fase (Prosa)
Leitura de Texto
Modernismo - 1ª fase
A 1ª fase do Modernismo, ou também chamada de “fase heroica”, é considerada de suma importância para a literatura e as outras manifestações de arte, principalmente, porque foi impulsionada após a Semana de Arte Moderna, em 1922. Após a importância desse movimento, criou-se a necessidade de continuidade no processo da construção da ientidade brasileira, rejeitando as idealizações e as antigas exclusões de grupos sociais e regionalidades distantes. Nesse sentido, não somente a temática foi abordada de maneira diferente, como também a linguagem e a forma aparecem desvinculadas aos modelos europeus, como uma forma de negação à sociedade conservadora e mimética.
Após a influência das vanguardas europeias, que romperam padrões artísticos e desconstruíram a imagem prototípica do belo, dá-se início à valorização da liberdade de expressão. Influenciados pela criação artística, autores literários brasileiros sentem a necessidade de desenvolver uma poesia mais criativa e voltada para a realidade nacional. Neste sentido, a primeira fase do Modernismo, na poesia e na prosa, tem o intuito de ajudar a construir de - forma crítica - a identidade nacional, a partir do início do século XX.Desse modo, não só a retomada de preceitos românticos, reinterpretados de maneira mais realista, foram vistos, como também o repúdio e o afastamento de características parnasianas, que apresentam grande influencia da Europa, foram presentes no período. A seguir, as principais características do movimento:
Características do Modernismo
- Adoção de versos livres e brancos;
- Desvio das formas clássicas, como os sonetos;
- Valorização da linguagem coloquial;
- Nacionalismo crítico;
- Pluralidade cultural, fruto da miscigenação;
- Valorização do cotidiano;
- Dessacralização da arte;
- Liberdade artística;
- Poesia sintética;
- Tom prosaico;
- Valorização da originalidade.
Na poesia, os principais autores são Oswald de Andrade (criador do “Manifesto Pau Brasil” e do “Manifesto Antropofágico”) e Manuel Bandeira. Já na prosa, destacam-se Mário de Andrade (autor de “Macunaíma”) e Antônio de Alcântara Machado.
Modernismo - 2ª fase
A segunda fase do modernismo no Brasil, que surge em um contexto conturbado no período de 1930 a 1945, representa o período social e de consolidação das mudanças artísticas e culturais nacionais. Após a crise de 1929 em Nova York (depressão econômica), muitos países estavam mergulhados em uma crise econômica, social e política, fato que fez surgir diversos governos totalitários e ditatoriais, e que também conduziram o mundo à 2ª Guerra Mundial (1939-1945). Assim, frente a um cenário instável e complexo, as obras poéticas representaram o momento.
No país, a República Velha havia sido derrotada, fato que outras regionalidades nacionais também tiveram a oportunidade de expor suas questões sociais e econômicas, que proporcionou uma literatura engajada, apresentando a marginalização populacional, bem como os impactos das crises econômicas na realidade vigente. Além disso, também era período de crescimento do Estado Novo, liderado por Getúlio Vargas, fato que também impulsionou os artistas da época a construírem temáticas subversivas e críticas, visto que o governo vigente também garantia vertentes totalitárias, com discursos anti-comunistas.
Desse modo, as principais características do período são:
- Nacionalismo, universalismo e regionalismo;
- Busca pela realidade social;
- Valorização da cultura nacional;
- Linguagem coloquial;
- Temáticas do dia-a-dia;
- Versos livres e brancos
Os principais representantes da poesia da 2ª Geração são: Cecília Meireles, Jorge de Lima e Murilo Mendes. Todos com ampla pluralidade temática e diversidade na estruturação dos textos, conquista feita pela primeira geração modernista, que possibilitou maior espaço para a expressão e criação de autores.