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Porque JK adotou o Rodoviarismo?

Neste vídeo o Prof. Claudio Hansen explica os motivos que levaram JK a optar pelo rodoviarismo. Tais como o incentivo a produção automobilística e a rápida integração do território nacional.

Desvantagens do Rodoviarismo

Transportes Aéreos no Brasil

Transporte Ferroviario Brasileiro

Transporte Hidroviario Brasileiro

Rede de transporte brasileira

Modais de transporte
É importante destacar que, a partir da década de 1960, o comércio internacional cresceu de maneira significativa. O volume de bens e serviços trocados entre os países e internamente cresceu bastante. Assim, a questão dos transportes passou a ser cada vez mais importante, pois ele é fundamental nesse processo. Por modal de transporte entende-se a forma que uma carga é transportada de um ponto até o outro. No Brasil, se destacam quatro principais modais de transportes, sendo importante conhecer suas características, vantagens e desvantagens.

 

Modal rodoviário
Comumente associado ao uso de caminhões. Possui a menor capacidade de carga entre todos os modais e os maiores custos de manutenção devido aos valores de seguros, combustível, manutenção das estradas e pneus. Esse modal tem um baixo custo de instalação pela facilidade de construção de rodovias.

O Brasil, desde 1930, passou a concentrar seus investimentos no modal rodoviário. Com o Plano de Metas de Juscelino Kubitschek (1956-1960) e seu modelo de industrialização, o país adotou formalmente uma política denominada rodoviarismo. Observou-se a intensificação dos investimentos no setor, com a atração de uma indústria automobilística e a construção de rodovias para conectar e integrar o país, em detrimento do setor ferroviário, que foi perdendo importância. A consequência disso é que o modal rodoviário (61%) é o mais usado no país, seguido dos modais ferroviário (21%) e hidroviário (14%) acrescido da cabotagem.

 

Matriz de Transportes no Brasil e em comparação com outros países

Fontes: ILOS (Brasil)

Ferroviário
O transporte sobre trilhos ainda é bastante utilizado no Brasil e no mundo. Tem um elevado custo de instalação, baixo custo de manutenção, elevada capacidade de carga e atende principalmente a infraestrutura de países com dimensões continentais. Ele é perfeito para dimensão territorial do Brasil e para sua característica produtiva. Cabe destacar também que é uma solução ao problema do transporte urbano, reduzindo o trânsito e sendo capaz de transportar muitas pessoas quando pensamos no sistema metroviário. Porém, nessa aula vamos nos concentrar no transporte de cargas.

As ferrovias foram o principal modal de carga utilizado no Brasil da segunda metade do século XIX até a década de 1930. Era intensamente utilizada para escoar a produção de café. Porém, seguindo interesses privados não adotava nenhuma padronização. Assim, a distância de um trilho para o outro, denominada bitola, seguia o interesse de quem construía aquela ferrovia.

Mais tarde, isso se tornou um problema para expansão desse modal, pois a locomotiva que funcionava em uma bitola não cabia em outra, o que dificultava a integração. Com a adoção do rodoviarismo e com políticas errôneas da Ditadura Militar, o sistema ferroviário brasileiro caiu em desuso. A extensão da sua malha, 100 anos depois, não cresceu mais que 5 mil quilômetros. Hoje, eles transportam 21% das cargas no Brasil, principalmente commodities agrícolas, como a soja e minerais, como o ferro.

 

Modal Aquaviário
O transporte marítimo é feito pelo mar. Possui a vantagem de transportar grandes cargas, geralmente em contêineres. Tem um alto custo de instalação, devido à necessidade de portos e o custo dos navios. Porém, tem um baixíssimo custo de manutenção. O transporte hidroviário distingue-se do transporte marítimo por estar em água doce, em rios, lagos, com barcos. Mas há quem não concorde com essa divisão e utiliza esses termos como sinônimos.

O Brasil tem um extenso litoral e um grande potencial para navegação interna. No litoral, são diversos portos que se destacam, mas sofrem com a demora no processo de carga e descarga, gerando enormes filas. Os maiores portos do país em movimentação de carga são: Santos (SP), Itaguaí (RJ), Paranaguá (PR), Suape (PE) e Itaqui (MA). Quando a navegação é entre portos brasileiros esse transporte é denominado cabotagem. A navegação pelos rios apresenta uma certa dificuldade, pois o relevo brasileiro é marcado por planaltos, o que significa que boa parte dos rios possuem cachoeiras. Tal condição exige a construção de eclusas, um sistema de elevadores de navio.

 

Modal Aeroviário
O modal aéreo é o mais rápido e possui uma grande capacidade de carga, porém é pouquíssimo utilizado com esse objetivo, pois apresenta um elevado custo de transporte. É o mais caro e o mais seguro, apenas transportando, então, cargas valiosas e seres humanos.

O Brasil vem desde a metade da década de 2000 sofrendo diversas transformações no setor aéreo com a expansão desse serviço e de sua infraestrutura. Empresas aéreas mais populares ganharam o mercado oferecendo passagens mais baratas a partir de uma estratégia de escalas, no qual um avião, seguindo uma rota, faz algumas “paradas”. Assim, com o barateamento das passagens, mais e mais brasileiros tem optado por esse modal. Todavia, ele ainda sofre com alguns gargalos econômicos devido à falta de aeroportos modernos e eficientes pelo país.