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As regras do princípio universal

Nesse módulo, o professor Gui de Franco dá início aos estudos sobre os pré socráticos. Fica ligado!

A escola dos milésios parte 1

A escola dos milésios parte 2

A escola pitagórica

A escola atomista - Demócrito e Leucipo

Filósofos pré-socráticos: Parte 1

Os primeiros filósofos que existiram na filosofia são chamados de pré-socráticos. Como o próprio nome sugere, eles são cronologicamente anteriores a Sócrates. Os pré-socráticos são os primeiros a propor uma ruptura com as explicações, acerca da origem do mundo e dos seres, apresentadas pelo pensamento mitológico. A grande inovação desses pensadores, foi utilizar um encadeamento lógico-racional (logos) para observar a natureza dos seres (physis), com o intuito de entender quais são as leis que regem o Universo ordenado (cosmo) e assim, descobrir e qual é o princípio ou elemento primordial (arché) que deu origem a todas as coisas que existem. Diversas escolas se desenvolveram no período pré-socrático, vejamos algumas delas:

Escola dos milésios

A cidade de Mileto, na região da Jônia, deu origem a Tales, Anaximandro e Anaxímenes. Os três eram monistas, ou seja, acreditavam que a arché era composta por apenas um elemento. Tales atribuiu a origem de tudo à água, dada a importância desse elemento para a geração e manutenção da vida. Anaximandro, seu discípulo, discordava. Para ele, era impossível observar o elemento primordial. Tal elemento era infinito e indeterminado. Por isso, recebeu o nome de apeíron ("indeterminado" ou "ilimitado", em grego), um elemento que é não só a origem, mas o fim de tudo. Já Anaxímenes, discípulo de Anaximandro, atribuía ao ar (pneuma) o caráter de arché, apesar de concordar com seu mestre de que a origem de tudo era indeterminada. Assim, esse pensador diferenciou a origem e a matéria-prima, porque não admitia que o que existe e é perceptível sensorialmente seja composto pelo indeterminado.

Escola italiana (pitagóricos)

Tendo contribuído para a história da filosofia com pelo menos um grande nome, Samos é uma cidade próxima a Éfeso e Mileto. De lá conhecemos Pitágoras, com uma proposta bastante distinta para a definição da arché. Para ele, todas as coisas são números. Estudando a harmonia dos acordes musicais, Pitágoras percebeu que havia uma proporção aritmética nessa relação. A partir daí, tentou encontrar na natureza relações parecidas. Profundo conhecedor de astronomia, percebeu a ordem matemática no movimento dos astros. A realidade então passou a ser percebida pela estrutura numérica. Os corpos são compostos por pontos e a quantidade de pontos de um corpo define suas propriedades. Essa proposta, mais formal, define uma ordem e medida para a existência sensível.

Escola atomista

A cidade de Abdera deu origem a Demócrito, talvez o filósofo com a proposta mais interessante para a arché. A resposta concebida por ele, foi, na verdade, um trabalho em conjunto com seu mestre, Leucipo. Sua proposta ficou conhecida como atomismo, já que propunha que a arché é o átomo.
Muito próximo da concepção físico-química moderna da realidade, Demócrito afirma que tudo é composto por partículas minúsculas, invisíveis e indivisíveis.  Para ele, os átomos eram eternos, imutáveis e plenos.