Geomorfologia de São Paulo
Clima de São Paulo
Vegetação de São Paulo
Agropecuária em São Paulo
Indústria em São Paulo
Organização do Estado de São Paulo
Relevo de São Paulo
Quando falamos em relevo estamos falando da geologia (composição, formação e estrutura) e da geomorfologia (formatos) do relevo. Esses dois aspectos serão importantes.
Para entendermos isto, é comum que a geografia trace um perfil de relevo. Isto é uma representação gráfica que demonstra uma longa extensão da superfície num corte fictício horizontal sobre a superfície. No caso do perfil de relevo abaixo, obedece a esta extensão da superfície em sua localidade, do ponto A ao B.
Sobre a estrutura geológica do relevo, vamos dividir em dois tipos: as estruturas sedimentares e as cristalinas. Quanto a geomorfologia, vamos falar dos Planaltos (áreas de maior altitude onde predomina erisão), Planícies (áreas mais baixas onde predomina sedimentação), e de outras feições de relevo significantes.
Fonte: https://altamontanha.com/origens-e-evoluao-da-serra-do-mar/
Seguindo o caminho, do litoral em direção ao oeste brasileiro, vamos começar a descrever as feições de relevo relevantes para seu vestibular. Não deixe de olhar o mapa acima para acompanhar;
• Planície Costeira Sedimentar – No litoral, uma região receptora de sedimentos que escoam das serras nos rios e ventos em direção ao mar. Também chamada por outros autores de Planícies e Tabuleiros Litorâneos
• Planalto Atlântico – De origem cristalina epirogenética, as grandes serras como a Serra do Mar e a Serra da Mantiqueira. Essa parte do relevo é chamada também na geografia como Mares de Morros, numa extensão de serras que vai do sul ao nordeste, sempre pelo litoral. Também é chamada de Planaltos e Serras do Altântico Leste Sudeste.
• Depressão Periférica – Depois das Serras, numa região cercada por dois planaltos, temos a Depressão Periférica da Borda Leste da Bacia do Paraná.
• Cuestas Basálticas – Forma de relevo muito importante. As cuestas são relevos que possuem uma vertente ingreme e outra suave. Apesar de ser sedimentar, houveram erupções vulcânicas que deram origem a um solo basáltico conhecido como Terra Roxa.
• Planalto Ocidental Paulista - ou Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná cobre praticamente metade do Estado e possui altitudes entre 300 e 1000 metros.A grande Bacia do Paraná possui a presença do Aquífero Guarani.
Clima de São Paulo
De modo geral, é possível afirmar que as características físicas de relevo, altitude, clima e vegetação são profundamente interligadas. Para estudar a climatologia da região sudeste do Brasil, vamos dividir também em três principais climas, que acompanham a estratigrafia geomorfológica.
Primeiramente, ressaltando que sempre teremos um clima tropical, aquele, com estações bem definidas, num verão chuvoso e um inverno seco. A sazonalidade climática é sua principal característica. Vamos então as especificidades.
• Planície Costeira- clima Tropical Litorâneo, que se caracteriza por ter maiores temperaturas e índices pluviométricos, em função de sua proximidade oceânica, concentrando maior umidade. As serras fazem uma barreira orográfica para a chuva nesse caso, tornando as vertentes leste (barlavento) do relevo mais umidas e com maiores índices pluviométricos que as vertentes voltadas a oeste (sotavento). É o que chamamos de chuvas orográficas. A massa de ar úmida encontra a barreira do relevo, perde temperatura e precipita , passando para a outra vertente já seca.
• Serras e Planaltos do Leste Sudeste (Região Central); Tropical de Altitude – com menores médias térmicas, em função do ar mais rarefeito nas altitudes serranas não armazenar tanto calor.
• Oeste Paulista; predomínio do clima Tropical típico, que mantêm com fidelidade as características originais de um clima tipicamente tropical.
Vegetação de São Paulo
A vegetação de São Paulo pode ser dividida em três vegetações; Mata Atlântica, Mata das Araucarias e Cerrado.
• Mata Atlântica; concentra-se no litoral e serras, é uma floresta latifoliada densa, apesar de ser o bioma mais desmatado historicamente, restando apenas 5% da vegetação original, pela densa ocupação no litoral. Conta com algumas unidades de conservação relevantes para sua conservação. Possui enorme biodiversidade.
• Mata das Araucárias; concentra-se no sul e nas altas altitudes, por ser adaptada a climas frios. É acicufoliada. Também sofreu muito com desmatamento para indústria civil e produção de celulose. É homogênea.
• Cerrado; concentra-se na parte oeste da região, com arbustos de pequeno porte, herbaceas e árvores com troncos retorcidos. Possui diversas espécies endêmicas e sua maior ameaça é o agronegócio.
Tanto a Mata Atlântica, quanto o Cerrado são considerados hotspots brasileiros. No bom português significa “pontos quentes” por serem biomas de grande biodiversidade mas ameaçados de extinção.
Agropecuária em São Paulo
A concentração de terras, marca da estrutura fundiária do Brasil também se faz presente na região. As maiores e gigantescas propriedades ficam concentradas na mão de poucas famílias, enquanto muitas famílias dividem porções bem menores de terra.
Agricultura familiar; pequenas e médias propriedade, de subsistência e abastecimento do mercado interno. Destaque ao Cinturão Verde, que produz os hortifrutis granjeiros, a exemplo de Ibiuna, Porto Feliz, Mogi das Cruzes, que são cidades pequenas próxima a grande metrópole paulista.
Grandes propriedades e a produção em larga escala;
Oeste Paulista – destaque a produção de cana de açucar para produção de biodiesel, café, laranja, silvicultura (deserto verde) e pecuária bovina
Vale do Paraíba – pecuária leitera
Vale do Ribeira – produção de banana
Indústria em São Paulo
Sudeste concentra em seu território aproximadamente 50% de toda a indústria nacional. Foi a região pioneira, com destaque a São Paulo. Isto ocorreu por conta da economia do café, que floresceu um grande mercado consumidor, infraestrutura de escoamento, sistema de comunicação, elite consolidada, acumulação de capital, então favorecia a instalação de infraestrutura industrial no período de substituição de importação de Vargas. Sobre as características dessas indústrias, temos a grande marca de ser a maior diversidade produtiva. Possui desde Indústrias de base, quanto de bens duráveis e não duráveis.
Também concentra os tecnopolos brasileiros. Lembrando que, teconopólos são regiões com produção de conhecimento voltado para aplicação industrial. Com isso devemos destaque a São Jose dos Campos, com o ITA e a região de Campinas com a UNICAMP, beneficiando a industria de informatica e a própria Embraer. Hoje, São Paulo conta com a maior e mais completa industrialização do país, a destaque também para o ABC paulista.
Outra marca recorrente que ocorre no sudeste é a ideia de desconcentração industrial. Isto porque, o inchaço dessa região aprofundou as rugosidades, ou dificuldades, como a macrocefalia urbana, o altíssimo valor da terra, problemas com trânsito e violência urbana, sobretudo nas principais metrópoles e regiões centrais. Com isso, passou a ser mais vantajoso instalar ou transferir indústrias brutas para a região metropolitana, em cidades proximas que precisam de investimento, podendo aproveitar da infraestrutura de transportes e comunicação aos principais portos e a metrópole. As cidades pequenas e médias do entorno das grandes metrópoles iniciam um processo que ficou conhecido como guerra fiscal ou guerra dos lugares, onde os municipios cedem isenções fiscais gigantescas para atrair o investimento industrial, gerando emprego e desenvolvimento urbano nessas cidades.