A liga dos 3 imperadores
A questão do Suez
Conferência de Berlim
Paz armada
Formação das tríplices
Preâmbulo de guerra
A Era dos Impérios
Ao longo do século XIX, o crescimento dos sentimentos nacionalistas pelo mundo construiu uma ideia de união entre indivíduos de uma mesma nação. Esse sentimento, apesar de construído artificialmente e nem sempre ser forte o bastante para evitar as lutas entre as classes, foi fundamental, no entanto, para o fortalecimento dos grandes impérios europeus e para pavimentar a expansão de seus poderes pelo mundo.
Desta forma, independente das diferenças sociais e dos interesses das classes, o sentimento em comum de pertencer a uma nação supostamente superior ou a uma raça que teria uma missão divina de civilizar os “povos bárbaros” foi o que, no século XIX, abriu as portas para que as potências que passavam pela Segunda Revolução Industrial dominassem regiões consideradas por eles como menores, em uma prática que ficou conhecida como o imperialismo.
Assim, utilizando teorias científicas da época, como a eugenia ou o darwinismo social, os países europeus manipulavam dados científicos e determinavam que certas raças seriam inferiores e outras superiores, assim como certos povos seriam civilizados e outros não, por isso, o homem branco, cristão e europeu, teria o “fardo” de levar o progresso e a modernidade para as regiões consideradas bárbaras. Essa noção de progresso e civilização correspondia aos ideais iluministas e burgueses europeus que alcançaram a nova fase da revolução industrial e, agora, deveriam impor ao
mundo suas verdades, seus bancos, suas indústrias, suas leis, suas mercadorias e culturas.
Com essa atitude, as grandes potências industrializadas dominavam politicamente, culturalmente e economicamente
diversos outros países, principalmente na Ásia e na África. Desta forma, uma nova forma de dominação das potências europeias era realizada, semelhante ao colonialismo dos séculos XVI e XVII, mas, desta vez, com algumas diferenças, por isso denominada de neocolonialismo.
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Nesta nova forma de dominação, as potências industrializadas dividiam os territórios do mundo como suas “zonas de influência” ou “colônias” e, assim, para facilitar o controle da população local, interferia nas questões políticas, escolhia líderes, criava leis, proibia práticas culturais ou línguas, reorganizava territórios e praticava todo o tipo de violência, física, mental e simbólica para que os povos dominados servissem ao império dominador. Essa interferência garantia assim que os grandes monopólios e oligopólios industriais penetrassem em regiões “subdesenvolvidas” e explorassem livremente as matérias primas, a mão de obra local e ainda enviasse para esses países o excedente de mercadorias.