O final da Idade Antiga
O cristianismo tolerado
Os cristianismos
A queda do Império Romano
A península arábica
Romanos e Bárbaros
O nascimento de Jesus Cristo ocorreu durante o Império Romano, na atual região da Palestina, dando origem ao cristianismo. No entanto, a relação de Roma com o cristianismo inicialmente foi muito complexa e violenta. Os cristãos sofreram uma série de perseguições por não crerem nos deuses romanos e nem aceitarem o Imperador como uma representação divina, base, até então, da cultura romana.
Coma expansão do cristianismo, o imperador Constantino, em 313 d. C, concedeu a liberdade de culto aos cristãos, porém, o cristianismo só veio a se tornar a religião oficial do Império Romano quase 70 anos depois,com o imperador Teodósio.
Crise e queda de Roma
A partir do século III, o Império Romano passou por intensas crises, com a extensão do território, foram necessários altos gastos para manter a proteção das fronteiras, ameaçadas diariamente pelas invasões de povos bárbaros, principalmente os germânicos, que ajudaram a desestabilizar o Império.
Houve diversas tentativas de solucionar as crises, como a mudança da capital do Império para Bizâncio (futura Constantinopla e atual Istambul), por Constantino, e a divisão do território em duas partes: Império Romano do Ocidente, com capital em Roma, e Império Romano do Oriente, com capital em Constantinopla, visando melhorar a administração.
No entanto, em meio às invasões de povos bárbaros ao Império Romano do Ocidente, houve um intenso processo de ruralização visando fugir e se proteger dessas invasões. Tal fato culminou na queda de Roma, em 476, marcando o fim da Idade Antiga e o início da Idade Média. Período esse marcado pela força da Igreja Católica, que se consolida como um poder hegemônico na Europa e se torna o grande centro de difusão de ideias, culturas, costumes e ordens.
Além do controle da igreja, a idade média também ficou marcada pela fragmentação do Império Romano do ocidente, deixando ruínas, pontes, estradas e construções que serviram posteriormente para a ocupação de feiras e criação de burgos, no entanto, a principal consequência dessa fragmentação, foi a divisão do território entre diversas famílias e grupos germânicos, dando origem ao próprio sistema feudal.
Os povos germânicos
Os povos germânicos, conhecidos como bárbaros pelos romanos, por não falarem o latim, se dividiam em diversas etnias, sem uma organização centralizada, sendo muitas vezes povos rivais e dispersos geograficamente. Os principais eram:
- Francos – Formaram uma grande civilização após a queda do Império Romano, com longos reinados e a fundação do Império Carolíngio, dominaram a Europa central por longos anos (região da França), destacando-se o período de Carlos Magno.
- Vândalos – Povos que ocuparam a região sul da península ibérica e a costa norte da África, principalmente na região de Cartago.
- Suevos – viviam na região norte da península ibérica.
- Anglo-Saxões – união de diversos povos (bretões, saxões, anglos) que ocuparam a Grã Bretanha.
- Ostrogodos – Povos derivados dos Godos que ocuparam os territórios da atual Itália, Áustria, Sérvia, Eslovênia, Montenegro e Albânia.
- Visigodos – Povos derivados dos Godos que ocuparam a região central e norte da Península Ibérica.
- Burgúndios – Um dos mais antigos povos do continente europeu, ocuparam diversas regiões centrais do continente (região sul da atual Alemanha e Suíça).