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2ª Geração Modernista ou Presencismo

O professor Diogo Mendes fala sobre Modernismo em Portugal. Confira!

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Modernismo em Portugal

Tal qual o modernismo brasileiro, o modernismo português surgiu sob a influência dos movimentos de vanguarda europeus na primeira metade do século XX. O movimento buscou, através da irreverência e de um espírito contestador, quebrar com os padrões de escrita vigentes até então, propondo uma nova abordagem temática e linguística para as artes em geral, inclusive a literatura. O movimento perdurou até o Estado Novo português, durante a década de 1970.

Autores como Fernando Pessoa, José RégioMário de Sá-Carneiro, Almada Negreiros, Irene Lisboa, Miguel Torga, entre outros, representaram as quatro vertentes do modernismo: o Orfismo, o Presencialismo, o Neorrealismo e o Surrealismo.

Orfismo
Foi a primeira fase do modernismo português e teve como marco inicial a publicação da revista Orfeu. Os orfistas buscavam chocar a burguesia ao apresentar uma poesia livre da métrica e inserir a literatura portuguesa no contexto cultural europeu, que àquela época estava sob forte influência das tendências futuristas. Os principais nomes deste momento do modernismo português foram Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, Raul Leal, Luís de Montalvor, Almada Negreiros e o brasileiro Ronald de Carvalho.

Presencialismo
Esta é a segunda fase do modernismo português. Recebe esse nome devido à revista Presença, fortemente influenciada pela revista Orfeu e seus ideais artísticos. Buscou dar continuidade à onda modernista em Portugal após o fim do orfismo mas apresentou características próprias que fizeram com que fosse considerado um nova fase modernista. A escrita tornou-se mais intimista e introspectiva, voltada para o experimentalismo. Os principais nomes do período foram José Régio, Adolfo Rocha, João Gaspar Simões, Miguel Torga, Irene Lisboa, entre outros. Com a Segunda Guerra Mundial, o movimento se dissolveu.

Neorrealismo
Surgiu em momento histórico conturbado, no qual a Europa vivia um momento de crise devido à Segunda Guerra Mundial e à ascensão dos regimes totalitários. As revistas Seara Nova, Sol Nascente e o Diabo foram as principais responsáveis pela divulgação das tendências neorrealistas. O neorrealismo teceu duras críticas ao individualismo e ao esteticismo — temas caros ao Presencialismo — e divulgou na literatura o pensamento marxista e a forte rejeição ao socialismo utópico. Os principais nomes deste movimento foram Alves Redol, Manuel da Fonseca, Afonso Ribeiro, Joaquim Namorado, Mário Dionísio, Vergílio Ferreira, Fernando Namora, Mário Braga, Soeiro Pereira Gomes ou Carlos de Oliveira, entre outros.

Surrealismo
É considerada a última fase do modernismo português. Caracteriza-se por uma “escrita automática”, com destaque para a livre associação de ideias e de palavras e a modificação das estruturas da realidade. A escrita era baseada em um mundo onírico, o que reafirmava um caráter figurativo e irracional. Os principais nomes do período são Antônio Pedro, José Augusto França, Alexandre O’Neill, Mário Cesariny de Vasconcelos e outros como Natália Correia, Henrique Rasques Pereira, Artur do Cruzeiro Seixas, Antônio José Forte, Fernando Alves dos Santos e Isabel Meyrelles.