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Massas de ar do Brasil e suas características

Acompanhe a aula sobre massas de ar brasileiras

Distribuição das massas de ar brasileiras

Dinâmica das massas de ar: friagem e o semiárido

Relação entre massas de ar e chuvas

Exercício sobre massas de ar no Brasil - chuvas de inverno

Exercício sobre massas de ar e chuvas no Brasil

Massas de ar


As massas de ar são grandes porções de ar que apresentam a temperatura e a umidade da região onde se originaram e que se deslocam em razão da diferença de pressão. De forma geral, as massas são caracterizadas de acordo com:

  • Umidade: oceânicas são úmidas e continentais são secas;
  • Temperatura: quentes são tropicais ou equatoriais e as frias são temperadas ou polares.

As massas de ar possuem o nome do local de onde foram formadas, de forma que a nomenclatura nos ajuda a entender a característica da massa e sua área de atuação. É preciso ter em mente também que as massas de ar atuam com maior ou menor intensidade de acordo com as estações do ano. Por exemplo, no inverno, massas de ar frias tendem a serem mais atuantes.

Disponível em: https://www.geografiaopinativa.com.br/

O Brasil sofre influência das massas de ar tanto continentais, quanto oceânicas, já que possui um extenso litoral de mais de 7 mil quilômetros. As massas de ar que influenciam o clima brasileiro são:

  • mEc - Massa equatorial continental - quente e úmida
    Essa massa se origina na região do equador, no continente. A massa de ar equatorial acontece pela presença da Amazônia, que transporta umidade para outras regiões por meio de um enorme sistema de fluxo de água. É a única massa continental que é úmida, em função da amazônia. As árvores da floresta amazônica podem ter raízes e troncos de muitos metros, possibilitando uma intensa troca atmosférica. A evapotranspiração da floresta é muito intensa a ponto de formar os ditos rios voadores que transportam umidade com as massas de ar para outras regiões não só do Brasil. É considerada uma massa de ar quente pela sua origem e atua fortemente no norte, centro-oeste e influencia o sudeste durante o verão. No inverno, com a redução da evaporação da água, essa massa de ar se manifesta em menor área.
  • mEa - Massa equatorial atlântica - quente e úmida
    Tem origem do equador e é uma massa oceânica, trazendo as características do seu local de origem. Ela colabora para formação dos ventos alísios de nordeste. Os ventos alísios são constantes e úmidos, ocorrem em zonas subtropicais e tendem a gerar chuvas, se constituindo enquanto uma zona de baixa pressão atmosférica. Essa massa atua principalmente no litoral do norte e nordeste.
  • mTc - Massa tropical continental - quente e seca
    Essa massa se origina na região dos trópicos, abaixo do equador, e é continental. Ela se origina nas regiões entre Bolívia, Paraguai e Argentina e é seca e quente. Sua atuação se dá no centro-oeste e sul, podendo atingir parte do sudeste. No inverno, essa massa de ar pode servir de barreira a massas de ar mais frias.
  • mTa - Massa tropical atlântica - quente e úmida
    Essa massa se origina na região dos trópicos e é oceânica. Ela atua em todo litoral brasileiro, sendo quente e úmida e se origina no atlântico sul, composta pelos ventos alísios de sudeste. É responsável pelas chuvas frontais no nordeste durante o inverno e chuvas orográficas nas serras com elevada altitude como no sudeste e sul.
  • mPa - Massa polar atlântica - fria e úmida
    Essa massa sai do polo sul, se origina no sul da argentina na parte oceânica, e é, portanto, fria e úmida. É responsável pela neve no sul no país. A interação dela com a mTa formam chuvas frontais. Essa massa pode causar também quedas de temperatura na Amazônia pelo fenômeno chamado friagem. A mPa consegue entrar por meio das bacias hidrográficas do Prata e do Paraguai, que recebem o ar frio das regiões de clima temperado da América do Sul.

 
Porque é seco em parte do Nordeste?
No nordeste existe a atuação de uma zona de alta pressão atmosférica, não permitindo que a umidade da Amazônia e o litoral adentrem na sub-região do Sertão, dando origem ao clima semiárido na região. Em anos de El Niño, essa zona de alta pressão fica mais forte, enquanto o Lã Niña enfraquece esses ventos de alta pressão, aumentando o índice pluviométrico no local.

 
Movimentos e Frentes
As áreas de baixa pressão são receptoras de vento. Enquanto as áreas de alta pressão são dispersoras de ventos. As frentes são áreas de encontro de massas com temperaturas diferentes. O deslocamento de uma massa de ar frio, mais densa, ocorre próximo a superfície, forçando a massa de ar quente, menos densa, a subir. A diferença de temperatura provoca a mudança do ponto de saturação e com isso ocorrem as chuvas frontais. Ela é muito comum no litoral do país, em consequência do choque entre a massa polar atlântica (fria) e a massa tropical atlântica (quente).

 
Tipos de chuva
A chuva é um tipo de precipitação e existem várias outras, como a neve, o granizo, o orvalho, a geada… Nesse material será estudado a precipitação não superficial de água no estado líquido, isto é, chuva.

Chuvas convectivas: ocorre quando o ar, em ascensão vertical, ganhando altitude se resfria, condensando a umidade e precipitando em forma de chuva.

Adaptado de ALMEIDA, Lúcia M. A. de. Fronteiras da globalização.

Chuvas orográficas: ocorre quando o ar ascende e resfria devido ao ganho de altitude por causa de uma barreira de relevo (morro, serra, montanha). Nesse caso, existe a formação de uma vertente úmida, com chuva, barlavento, e outra vertente seca, sem chuva, sotavento.

Adaptado de ALMEIDA, Lúcia M. A. de. Fronteiras da globalização.


Chuvas frontais: é resultado do encontro de uma massa de ar fria com uma massa de ar quente. A massa de ar quente, menos densa é forçada a subir, e a diferença de temperatura provoca a mudança do ponto de saturação e com isso ocorre a chuva. Ela é muito comum no litoral do país, em consequência do choque entre a massa polar atlântica (fria) e a massa tropical atlântica (quente).

Adaptado de ALMEIDA, Lúcia M. A. de. Fronteiras da globalização.