Homenagem ao poeta Manoel Bandeira
"Selo de minas": Poemas da terra natal
"Os lábios cerrados"
"A máquina do mundo": Visão mítica
A recusa do eu lírico
Diálogo com outras obras e exercício
Claro Enigma (2º momento)
Sobre o autor: Carlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira, Minas Gerais, no ano de 1902. Passou a infância nas fazendas de sua família, que foi exploradora da região. Após realizar o curso universitário em Belo Horizonte (se formou em farmácia), começou a participar dos eventos culturais modernistas. Co-fundador de “A Revista”, importante canal de divulgação do Modernismo de Minas Gerais, em 1930 publicou “Alguma Poesia”, que , com “Brejo das Almas” (1934), seu segundo livro, melhor realizou a integração entre a poesia de 1922 e a de 1930. Em 1933, passou a morar no Rio de Janeiro, onde trabalhou como funcionário público e escreveu diariamente para jornais, ao longo de 50 anos. Nesta cidade, veio a falecer em 1987, aos 85 anos.
Claro Enigma
"Claro Enigma" é uma obra composta por 42 poemas, também inserido na terceira fase do Modernismo brasileiro. Neste momento, o autor se configura em sua fase "do não", período em que é prevalecidas temáticas metafísicas reflexivas e pessimistas. Não obstante, a obra também está presente em um contexto histórico extremamente conturbado, no que diz respeito aos preceitos políticos e ideológicos que ganhavam espaço mundial: Guerra Fria. Assim, é a partir dessa relação que Drummond, buscando ressaltar sua melancolia individual, volta ao estilo mais clássico, escrevendo sua oitava coletânea de poemas.
2º momento
O segundo momento de "Claro Enigma" é composto das seguintes partes: "O Menino e os Homens" (quatro poemas visando homenagear os autores Mário de Andrade, Mário Quintana e Manuel Bandeira); "Selo de Minas" (cinco poemas retratando a temática de Minas Gerais, origem do autor); "Os lábios cerrados" (seis poemas sobre a morte e o silêncio) e "A Máquina do Mundo" (última parte da coletânea, momento em que é feita referência ao autor clássico português, Luís de Camões. Nesse espaço, é possível perceber que o autor não irá mais utilizar de sua máquina, metáfora para a poesia).