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Obra e Características de Clarice Lispector

Neste vídeo, Diogo Mendes destaca a digressão, característica muito comum nos textos de Clarice, além de contar um pouco da atmosfera de Laços de Família, livro de onde foi retirado o conto “Amor”.

A Construção da Figura da Protagonista Ana

A Epifania na Obra de Clarice Lispector

O Papel do Leitor na Narrativa de Clarice Lispector

O Caos de “Amor” Refletido nos Paradoxos

Mundo Ordenado x Mundo Desordenado

A Volta à Rotina (ou uma nova vida?) de Ana

Análise do conto "Amor" 

Sobre a autora: Clarice Lispector

Nascida em Tchetchelnik, aldeia da Ucrânia, em 1925, e falecida no Rio de Janeiro, em 1977, Clarice Lispector, brasileira naturalizada, passou a infância em Recife, mudando-se para o Rio de Janeiro entre os 12 e 13 anos. Em 1944, com apenas 19 anos, publicou Perto do Coração Selvagem, romance que causou estranheza à crítica, pelas novidades que trazia: a sondagem do mundo interior, as profundezas do subconsciente relativizando o enredo, a ação, como em Virgínia Wolf, James Joyce e Marcel Proust. A partir daí, deu início na sua carreira de escritora, sendo uma das principais representantes do pós-modernismo. 

Além de outros romances, como O Lustre, A Cidade Sitiada, A Maçã no Escuro, A Paixão Segundo G.H., Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres, A Hora da Estrela e Água Viva, Clarice publicou alguns livros de contos, sendo o primeiro Laços de Família, um verdadeiro mergulho nos bastidores do universo familiar, e em especial na “doce náusea” da condição feminina dentro desse universo. Alguns contos e A Legião estrangeira, com contos e textos diversos, constituem outras obras da escritora. Não obstante, também ganhou muita importância com a escrita de crônicas, com sua entonação crítica, ácida e extremamente reflexiva sobre as problemáticas da vida cotidiana. 

Conto "Amor"

O conto amor, inserido na obra "Laços de Família", retrata o episódio de uma pessoa com a vida comum que, perante uma situação (também de cunho cotidiano), sofre uma epifania e reflete sobre sua vida e a importância perante ao seu contexto. Trata-se de uma mulher casada, Ana, mãe e também dona de casa, que ocupa seu tempo cuidando da família e das tarefas domésticas. Nesse sentido, Ana deixou de olhar para si, visando cuidar dos filhos, tarefa que percebe em seu momento de reflexão, mesmo que possuísse uma vida estável. Esquecendo do mundo exterior, viu-se representada na cena de epifania (cego mascando chiclete), sendo um alguém que não enxergava sua atividade mecanizada e, ao mesmo tempo, abandonada dentro de seu próprio eu.