Apresentação da obra: "A Cidade e as Serras"
Capítulo 1 e leitura
Leitura e interpretação
Capítulo 2
Capítulos 2 e 4
A transição de Jancinto
Análise sobre Jacinto
A ida de Jacinto ao campo
O retorno de Zé Fernandes
O salvador da região
O equilíbrio
Apresentação da obra: "A Cidade e as Serras"
Sobre o autor: Eça de Queirós
José Maria Eça de Queirós, nascido em Portugal, foi um dos principais escritores do período Realista. Não somente escritor, formou-se em direito, além de também garantir espaço na carreira política, sendo nomeado como Administrador do Concelho de Leira, Cônsul de Portugal em Havana, Cônsul de Newcastle e Bristol na Inglaterra; e Cônsul de Portugal em Paris. Teve quatro filhos e, faleceu em Paris, em 16 de agosto de 1900, aos 59 anos de idade. Além do caráter realista, Eça também foi extremamente inovador na estrutura da prosa, ao criar novas formas de linguagem, mudanças na composição sintática e neologismos.
"A Cidade e as Serras"
Sendo o último livro de Eça de Queirós (publicado em 1901), a obra Cidade e as Serras não estava totalmente acabada, faltando a revisão que o prórprio autor proporcionava a seus escritos. O texto em prosa é considerado um dos maiores livros de Queirós até a atualidade, sendo exigido em vestibulares nacionais e internacionais. Embora a ácida crítica ao contexto português, bem como a construção social vigente, faziam parte de suas produções, esta última obra possui um tom mais calmo, amenizando tal método realista (como visto anteriormente em "O Crime do Padre Amaro" e "A Relíquia").
Nesse livro, é possível perceber a comparação clara entre a vida agitada da cidade (Paris) e a vida bucólica e pacata na cidade serrana de Tormes. O narrador personagem, Zé Fernandes, conta a história do protagornista Jacinto, morador de Tormes. Assim, é possível perceber a construção de vários acontecimentos relacionados à personagem principal, de modo a entrelaçar a vida de ambos os homens. Por meio de Jacinto, é possível perceber a crítica ao contexto urbanizado, mostrando uma realidade cruel quando se deixa levar pelos instintos da cidade. Dessa maneira, se, por um lado, há uma futilidade que reina no deslumbre sobre Paris, por outro, é possível perceber as sátiras sobre as ideias positivistas que rondavam a época.