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Exercício 1 - Guerra e Paz no Oriente Médio

Fala sobre o movimento sionista e sobre as origens do estado de Israel, além sobre a diáspora judaica.

Exercício 2 - Fundamentalismo Islâmico

Exercício 3 - O Holocausto Judeu

Exercício 4 - Atentados de 11 de setembro de 2001

Exercício 5 - Conflitos Árabes X Israelenses

Se os campos de batalha pareciam para muitos soldados durante a guerra a maior das barbáries, muitos tiveram a infelicidade de descobrir que por trás das armas e tanques poderia existir algo ainda pior. Durante esse período, muitos países mantiveram escondidos em seus territórios grandes campos de trabalho forçado para onde enviavam prisioneiros de guerra, espiões e até mesmo pessoas inocentes, de outras etnias. Essas enormes prisões, conhecidas como Campos de Concentração, torturaram e mataram milhões de seres humanos pelos mais diversos e bárbaros motivos.

No caso norte-americano, por exemplo, Campos de Concentração na Califórnia e no Texas eram responsáveis pela prisão e pelo trabalho forçado de milhares de japoneses e nikkeis (descendentes que nasceram fora do Japão). Na União Soviética, os chamados Gulags já existiam nos tempos do Czar e continuaram a prender opositores políticos, inimigos de guerra e criminosos nos tempos bolcheviques. Além do trabalho forçado, nos Gulags os prisioneiros muitas vezes morriam de fome ou de frio como punição.

No Brasil, a prática também foi utilizada em diversos momentos de sua história, para a prisão de imigrantes, criminosos, deficientes físicos, retirantes e opositores políticos. No entanto, nessa conjuntura de 2ª G.M, os campos de concentração foram utilizados em diversas cidades para o aprisionamento principalmente de alemães, italianos e japoneses, muitas vezes acusados falsamente de colaboração com os seus países.

Assim, apesar da prática de criação de Campos de Concentração ter sido comum entre países Aliados durante a guerra, os piores e mais marcantes casos ainda continuam no sistema de campos construído pelas forças do Eixo, que foram responsáveis pela morte de milhões de pessoas, pois estes internacionalizaram suas prisões e ainda contaram com uma motivação étnica e eugênica muito superior à vista nos campos dos aliados.

No caso japonês, por exemplo, Campos de Concentração foram criados em diversas regiões conquistadas na Ásia e prenderam não só opositores ao regime e inimigos de guerra, como também civis chineses, coreanos e tailandeses para fins “científicos”. Essas pessoas serviram como cobaias para experimentos e testes de novas armas químicas e biológicas, além de serem obrigadas a trabalharem para o regime japonês. No caso italiano também houve uma distribuição de Campos de Concentração em territórios conquistados, sobretudo nas colônias africanas. Neles, judeus, africanos, comunistas e inimigos de guerra também foram presos e forçados ao trabalho e a condições desumanas.

Enfim, o caso mais emblemático de construção de um sistema de Campos de Concentração e responsável por uma das maiores barbáries da história foi, de fato, o caso da Alemanha Nazista. Os primeiros campos nazistas datam de 1933, estando nessa época sob responsabilidade da polícia nazista (Schutzstaffel – SS) e de Heinrich Himmler. Os campos eram destinados a opositores políticos, criminosos e a “elementos racialmente indesejáveis”. Essa postura evidencia assim o caráter extremo da eugenia no país, afinal, para a construção de uma raça “perfeita e superior”, era necessária a realização de uma “limpeza” étnica, sendo o destino dessas pessoas consideradas inferiores e degeneradas os campos de concentração.

Dentre os “elementos racialmente indesejáveis” encontravam-se principalmente judeus, negros e ciganos, outros eram presos políticos como os comunistas, ou presos considerados degenerados, como homossexuais ou deficientes físicos, em alguns casos. Assim, nos Campos de Concentração, essas pessoas eram forçadas a realizarem trabalhos pesados, serviam como cobaias para experimentos químicos extremamente violentos, eram utilizadas como treinos para guerra e lá passavam fome e frio, sendo completamente desumanizadas.

Um outro caso também foi o dos chamados Campos de Extermínio que, apesar de muito próximos aos Campos de Concentração, estes tinham o objetivo de alcançar a chamada Solução Final, que era o genocídio da população judaica almejado por Hitler, conhecido, hoje, como Holocausto ou Shoá (como chamam os Judeus). Nestes campos, Câmaras de Gás eram utilizadas para matar seres humanos em escalas industriais, pilhando corpos e queimando pessoas inocentes, estima-se, portanto, que cerca de 6 milhões de judeus foram mortos neste processo nos anos de guerra.