Guerra civil Americana
Compromisso de Missouri
Política escravista do sul
Eleição de Abraham Lincoln
Novos apoiadores para o Norte
A divisão dos EUA
Guerra de Secessão
A marcha para o oeste ampliou a tensão entre Norte e Sul, o que iria culminar na Guerra de Secessão. Após a Independência e especialmente a partir da primeira metade do século XIX, há um notório crescimento econômico e industrial no norte. Devido a isso, comerciantes, industriais e banqueiros nortistas passaram a defender e a pressionar o Congresso e o Governo Federal para adotarem medidas protecionistas contra a concorrência estrangeira, notadamente a inglesa, que possuía produtos de boa qualidade e baixo preço. Os proprietários rurais sulistas, defendiam, ao contrário do norte, a manutenção do livre-cambismo, pois, como agroexportadores, dependiam do mercado externo tanto para escoar sua produção como para adquirir produtos manufaturados ingleses de qualidade a preços compensadores.
A principal divergência estava, no entanto, na questão da escravidão. Havia, de um lado, por parte dos nortistas a ideia de que o escravo, por não ser remunerado, não contribuía para o crescimento do mercado consumidor interno, prejudicando a economia industrial do norte. Mas é importante destacar que o movimento abolicionista também contava com adeptos nos segmentos urbanos de ideologia liberal, entre os religiosos metodistas e socialistas utópicos que haviam organizado comunidades nos Estados Unidos.
Os sulistas – ao contrário dos nortistas – defendiam a manutenção do trabalho escravo, pois considerava, que a adoção de mão-de-obra livre e assalariada aumentaria os custos de produção e, consequentemente, reduziria a margem de lucro na comercialização do algodão. Outra questão ligada fundamental se relacionava a ocupação dos territórios a oeste. Os nortistas defendiam a ocupação desses territórios por trabalhadores livres, ao passo que o sul pretendia a expansão das lavouras agro-exportadoras com o emprego de escravos.
Diante de tantas divergências, nas eleições presidenciais de 1860, os nortistas apoiaram a candidatura de Abraham Lincoln, em cuja plataforma política estavam incluídos temas favoráveis aos Estados que ele representava, tais como o protecionismo alfandegário, a manutenção da União e a proibição do escravismo nos estados que estavam sendo incorporados à União. A vitória de Lincoln levou o estado da Carolina do Sul a declarar-se separado da União, dando início da Guerra de Secessão.
O conflito tem como marco a utilização de tecnológica em larga escala, se diferenciando dos conflitos vistos até então. Durante a guerra, o presidente Abraham Lincoln sancionou a Emenda n. 8 à Constituição, em 1863, abolindo a escravidão em todos os estados e, pela Emenda n. 15, aprovada em 1865, estendeu o direito de cidadania aos negros, que passaram a ter direito ao voto.
Com a vitória norte, percebemos o incentivo a desenvolvimento industrial seguindo o modelo nortista. Outra importante consequência do conflito foi a ampliação de movimentos marcados pela intolerância. Especialmente no sul, houve surgimento grupos suprematistas, como a Ku-Klux-Klan e os Cavaleiros da Camélia Branca, que empreenderam atentados e atos de violência contra os negros e a favor da segregação racial.