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Geocentrismo e Heliocentrismo

O professor Leonardo Gomes fala sobre geocentrismo e heliocentrismo. Confira!

1a Lei de Kepler

2a Lei de Kepler

3a Lei de Kepler

Planetas do Sistema Solar

Exercício de velocidade em órbitas

Exercício 1a Lei de Kepler

Física dos corpos celestes

Estudar gravitação é tentar entender um pouco mais sobre o Universo que nos cerca. Desde que o Homem começou a pensar e a filosofar sobre a vida, começou também a pensar sobre o céu, Sol, Lua, Terra e astros. No século VI a.C. os filósofos gregos construíram modelos para explicar a Terra e o Universo. Embora alguns modelos, como o de Anaximandro, em que o Sol era um buraco num anel com fogo em torno da Terra, não pareçam ter sentido nos dias de hoje, eles tiveram importância pela ajuda que deram ao desenvolvimento do pensamento científico. O desenvolvimento da matemática permitiu calcular distâncias importantes na compreensão da astronomia. Após medir o tamanho da Terra em 276 a.C. Erastóstenes, usando métodos de projeção geométrica, conseguiu também medir o diâmetro da Lua através de eclipses e a distância da Terra à Lua. Aristarco e Anaxágoras conseguiram medir distância também para o Sol. Essas medidas ajudavam a pensar um modelo dinâmico para o Universo. Aristarco de Samos foi um dos primeiros filósofos respeitados a sugerir que a Terra orbitava em torno do Sol. Contudo a ideia de uma Terra estática era mais coerente com a época, o que ainda ajudava no sentido de que, se a Terra é o centro do Universo, todas as coisas sejam
atraídas para ela. Essa foi uma ideia que precisou de aproximadamente 18 séculos para ser explicada, quando Sir Isaac Newton cria sua teoria da gravitação. Dentre os pensadores, filósofos e cientistas que participaram da evolução dos conceitos de gravitação,
devemos destacar alguns:

  • Cláudio Ptolomeu (século II)

Para ele, a Terra estava no centro do Universo, pois sem isso todas as coisas iriam cair no espaço. Os planetas e o Sol giravam em órbitas circulares com a Terra no centro (Geocentrismo). Sua teoria, embora complexa, era bastante funcional e fazia previsões com bastante precisão. Seu modelo possuía uma dificuldade, pois os planetas Marte, Júpiter e Saturno possuem um movimento retrógrado vistos da Terra, isto é, eles vão e voltam no céu ao longo de suas órbitas em um movimento chamado de “laçada”. Para explicar isso Ptolomeu cria órbitas circulares dentro de órbitas circulares (são os chamados epiciclos). Embora complexo, o modelo Ptolomaico durou muitos anos especialmente por ser compatível com as ideias de Aristóteles, que eram bem aceitas pela Igreja, e por fazer previsões precisas de eventos celestes.

  • Nicolau Copérnico (1473-1543)

É o primeiro a escrever que a Terra gira em torno do Sol. Produz um modelo em que o Sol está no centro do sistema solar (Heliocentrismo) e que os planetas giram em torno do Sol. Seu modelo também faz previsões como o de Ptolomeu, contudo não é perfeito. Para Copérnico as órbitas dos planetas são circunferências e o Sol está no centro. Morre no ano da publicação de seu livro sobre Heliocentrismo.

  • Galileu Galilei (1564-1642)

Foi físico, matemático, astrônomo, filósofo e sua importância para a ciência é enorme; muitas vezes chamado de pai da ciência. Com o uso de um telescópio Galileu estudou a Lua e fez desenhos de suas crateras. Essa observação ficava contrária a ideia de Ptolomeu de esferas perfeitas. Galileu identificou luas em Júpiter, fato que o levou a pensar que, “se existe algum corpo celeste com satélites próprios, por que a Terra não poderia estar em órbita também?” Estudou e cartografou as fases de Vênus e seus estudos e previsões eram coerentes com um modelo centrado no Sol. Escreve um livro ("Diálogo sobre os Dois Máximos Sistemas do Mundo") para explorar as visões centradas no Sol e na Terra. A Inquisição acusa Galileu de heresia e ele é obrigado a negar suas ideias. É condenado a prisão domiciliar pelo resto de sua vida e seu livro acrescentado a lista de livros proibidos. Tycho Brahe (1546 – 1601) Astrônomo de renome para a época conhecia as ideias de Copérnico, mas criou um modelo misto. A Terra era o centro do universo, o Sol girava em torno da Terra e os planetas giravam em torno do Sol. Passou a vida fazendo medidas astronômicas que foram de grande valia, após sua morte, para seu discípulo Johannes Kepler. Através dessas medidas (e de outras próprias) esse discípulo veio a se tornar uma das principais figuras para a gravitação.

  • Johannes Kepler (1571 – 1630)

Matemático exemplar e astrônomo de fabulosa percepção, Kepler é responsável pela identificação e interpretação das três leis que regem os movimentos dos corpos celestes. Ao abandonar a órbita circular, consegue desvencilhar os desvios causados pelo modelo de Copérnico. Com as meticulosas observações e medidas de Tycho Brahe consegue perceber relação entre as áreas varridas pelos raios dos planetas e o tempo de suas passagens. Elabora ainda uma relação entre período de rotação e raio da órbita que será depois corroborada por Newton.

  • Isaac Newton (1643- 1727)

A contribuição de Newton para a ciência também é vasta. No campo da gravitação consegue explicar como os corpos caem e assim endossar o modelo copernicano de heliocentrismo. Enuncia que a força de atração entre dois corpos depende do produto das massas e do inverso do quadrado da distância. Assim consegue explicar o movimento de um corpo em órbita e como colocá-lo em órbita.

As Leis de Kepler
  • 1° Lei de Kepler: Lei das Órbitas

A primeira lei de kepler diz que os planetas descrevem órbitas elípticas em torno do Sol. O Sol ocupa um dos focos dessa elipse.

Nessa elipse temos dois pontos importantes: o Afélio e o Periélio. Periélio é o ponto de proximidade do Sol [Peri + Helio = posição em torno + Sol]. Jà o Afélio é o ponto mais afastado do Sol [Apo + Helio = aphelium - afastado + Sol]

  • 2° Lei de Kepler: Lei das Áreas

A segunda lei de Kepler diz que o raio médio que liga o Sol ao planeta varre áreas iguais em iguais intervalos de tempo.

Mas o que isso quer dizer? Bom, isso garante que a velocidade com que as áreas sao varridas é igual. Essa velocidade é chamada de velocidade areolar e é uma constante.

Apesar da velocidade areolar ser constante, a velocidade linear tangencial não é constante. A velocidade tangencial é a velocidade que o planeta desenvolve no movimento em torno do Sol. De uma olhada na figura 02, pode-se perceber pelo desenho que a área do lado esquerdo (próximo ao Sol – periélio) é menor do que a área do lado direito (afastado do Sol – afélio).

Pela Lei das Áreas o tempo é diretamente proporcional a área varrida pelo raio médio vetor. Assim o planeta leva mais tempo no afélio do que no periélio. Logo a velocidade linear tangencial no afélio é menor do que no periélio. O planeta acelera quando se aproxima do Sol e desacelera quando se afasta do Sol.

  • 3° Lei de Kepler: Lei dos Períodos

A terceira lei de kepler diz que o quadrado do período (T) de revolução de um planeta em torno do Sol é diretamente proporcional ao cubo do raio médio (a) da órbita