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Terremoto no Japão

Nesse vídeo, o professor Hansen resolve uma questão sobre os terremotos no Japão, apontando as principais características físicas do território japonês, destacando de que forma essas características vão possibilitar a ocorrência de terremotos e a formação montanhosa do país.

Características do Território Japonês

Características da Sociedade Japonesa

Desenvolvimento Econômico e Aspectos Naturais do Japão

A Transformação do Japão em Potência Internacional

A Indústria Japonesa e a sua Localização

Os Dekasseguis

Japão
 

Características naturais do Japão
 

O Japão é uma formação de arco de ilhas vulcânicas, resultado do choque de três placas tectônicas e, consequentemente, do vulcanismo ativo que se desenvolve nessas regiões de contato. A partir disso, formou-se um arquipélago complexo de ilhas, que demandam um esforço muito grande para ocupar e desenvolver qualquer atividade econômica.

 

Boa parte dessas ilhas são ocupadas por montanhas ou florestas, o que dificulta uma integração nacional. O país não apresenta grandes recursos naturais e ainda enfrenta uma elevada quantidade de abalos sísmicos (terremotos e maremotos) durante o ano. Quando esses tremores ocorrem no fundo do oceano, podem provocar tsunamis (enormes ondas), que atingem o litoral leste do país, conforme é possível se observar na imagem abaixo.

 

Essas dificuldades geram também um isolamento, que, historicamente, produziu uma cultura única. Com o tempo, a posição estratégica do Japão, próximo à China, Rússia, Península Coreana e parte do seu litoral voltado para a América, passou a ganhar relevância. O país começou a sofrer grande pressão externa para a abertura de seus mercados, o que começou a ocorrer no final do século XIX.

 

 

Era Meiji japonesa
 

Também conhecida como Era das Luzes, corresponde a um período de 45 anos, que se estende de 1867 até 1912. É um processo de abertura da economia japonesa, principalmente por pressão norte-americana, e marca uma modernização de suas estruturas políticas e sociais. Observa-se a transição do Shogunato, estrutura semelhante aos feudos europeus, para um controle centralizado na figura do imperador. Nesse período, observa-se um grande crescimento industrial e a expansão do Império Japonês, com a integração dos antigos exércitos de cada Shogunato em um exército imperial, por exemplo.

Assim, pouco a pouco, o Japão foi se adaptando ao sistema capitalista, a partir de uma gestão central. Nesse contexto, surgem os zaibatsus, enormes conglomerados industriais e/ou financeiros liderados por uma família. São empresas que atuam em diversas áreas, mas estão concentradas na mão de uma única família. Esse crescimento industrial demandava muita matéria-prima. Com um território limitado nesse sentido, o país inicia um projeto imperialista no Sudeste Asiático, invadindo a Península Coreana e a região da Manchúria, na China, configurando-se como uma potência regional.

Japão e o pós-Segunda Guerra
 

O projeto imperialista japonês levou o país a integrar o Eixo na Segunda Guerra Mundial, lutando ao lado da Alemanha e da Itália. Já no final da Segunda Guerra Mundial, o Japão era o último país que resistia aos Aliados. Com o ataque nuclear norte-americano destruindo duas cidades japoneses, Hiroshima e Nagasaki, o Japão rende-se. A partir de então, o Japão foi ocupado pelos Estados Unidos e os zaibatsus dissolvidos. Porém, com o fim da Segunda Guerra Mundial, começou a se observar a delimitação de um próximo período, denominado Guerra Fria. Assim, os Estados Unidos veem no Japão e sua posição estratégica uma possibilidade de obter um aliado e desenvolver uma forte economia capitalista na região. Essa relação foi muito criticada internamente, mas, com a gigantesca oferta de crédito para a reconstrução e desenvolvimento da economia japonesa (Plano Colombo), essa aliança conseguiu se consolidar na década de 1950.

Nesse contexto, o Japão conseguiu se reconstruir e iniciou uma nova página na sua história, denominada Milagre Japonês, período de rápido crescimento econômico com base no desenvolvimento da indústria da Terceira Revolução Industrial. Tal condição serviu de modelo para o crescimento industrial dos Tigres Asiáticos, nas décadas de 1970 e 1980. Se quiser saber um pouco mais sobre Tigres Asiáticos, clique na imagem abaixo e assista ao Quer Que Desenhe desse tema.

Crise econômica japonesa
 

Esse crescimento econômico foi sustentado até as décadas de 1980 e 1990, graças ao avanço do toyotismo, da globalização e da Terceira Revolução Industrial. Com uma significativa população de elevado poder aquisitivo, a força econômica do país era gigantesca. Porém, com a crise do Estado interventor na economia e um processo de expansão do liberalismo, a economia do país começa a enfraquecer.

Preocupados com a capacidade da economia japonesa de responder às novas demandas do mundo liberal, os norte-americanos começaram a remover os investimentos do país, o que, por sua vez, gerou a quebra da Bolsa de Tokyo. Soma-se a isso a concorrência na região possibilitada pelos Tigres Asiáticos e Novos Tigres, além da especulação imobiliária no Japão, coroando a crise econômica do país, que se estendeu do final da década de 1990 até o início do século XXI. Hoje, depois do crescimento econômico chinês, o Japão é a terceira maior economia mundial, mas, durante um bom tempo, foi a segunda maior economia do mundo.