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A regionalização do Brasil

Nesse vídeo o professor Hansen resolve uma questão que aborda as características que a regionalização apresenta, destacando que vários processos são responsáveis pela definição de diferentes regiões.

A divisão geoeconômica brasileira

Os quatros Brasis

Os critérios de divisão regional do Brasil

Características do Pantanal brasileiro

A poluição atmosférica em São Paulo

Evolução populacional na cidade de São Paulo

Introdução
 

Regionalizar significa dividir o espaço a partir de critérios específicos, agrupando áreas com características comuns, que podem ser naturais, históricas, culturais ou socioeconômicas.  Nesse sentido, um território pode ter tantas regionalizações quanto for possível a partir da visão do pesquisador. Assim, o Brasil apresenta diferentes regionalizações de acordo com suas respectivas propostas, geralmente para melhor administrar o território. Três regionalizações merecem destaque. São elas:

 

Macrorregiões do IBGE
 

A divisão em cinco macrorregiões, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é a regionalização oficial. Foi elaborada na década de 1930 e, com o passar dos anos, sofreu diversas alterações até a sua nomenclatura atual, estabelecida na década de 1970. Mesmo assim, nos anos posteriores, ainda sofreu algumas alterações, como a incorporação do estado de Tocantins à Região Norte. É uma regionalização político-administrativa, isto é, respeita os limites dos estados, adotando critérios naturais, econômicos e sociais, dividindo o país em: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul.

 

 

Complexos regionais ou regiões geoeconômicas
 

Divisão regional proposta pelo geógrafo Pedro Pinchas Geiger em 1967. A principal diferença é que essa regionalização não considera os limites políticos dos estados e segue um critério de formação histórico-econômica do país. A modernização econômica do território, em curso desde a década de 1960, tem um papel fundamental na caracterização das regiões. O Centro-Sul é a região mais desenvolvida, em que se observa intensa modernização econômica do território, enquanto a Amazônia é uma região em que esse processo ainda não é intenso. Por fim, o Nordeste é uma região que foi pujante no passado, mas que foi perdendo importância ao longo do tempo.

 

Os quatro Brasis ou regionalização de Milton Santos
 

Essa regionalização utiliza um critério com base no processo histórico de ocupação e transformação do território a partir do conceito de meio técnico-científico-informacional. O MTCI está inserido no contexto da Terceira Revolução Industrial e, assim, a Região Concentrada (Sul + Sudeste) é a que apresenta o estágio mais avançado de inserção na globalização, com denso sistema de fluxos (comunicação e transportes) e elevado índice de atividades modernas. No Centro-Oeste, também se observa um intenso processo de modernização, porém, em razão do emprego de alta tecnologia na produção agropecuária. O Nordeste apresenta apenas alguns pontos de inserção de recursos tecnológicos avançados, enquanto a Amazônia se trata de uma região de baixa densidade demográfica e recursos tecnológicos.

 

A possibilidade de novos estados no Brasil

Em um regime federativo, a criação de estados possibilita uma melhor governabilidade sobre o território a partir da melhor compreensão das particularidades existentes naquele espaço. Assim, essa segmentação possibilitaria também novas organizações regionais. Todavia, tal recurso significa um aumento da burocracia, sendo mais complexa a tomada de decisões, além do maior custo devido à existência de toda uma máquina estatal.

Um dos estados em que se observa um movimento em busca de maior autonomia é o estado do Pará. Entre as propostas de divisão, existia a de criação de três estados: Tapajós, Pará e Carajás. A ideia parte do princípio de que as riquezas seriam mais bem aproveitadas por determinado estado do que a divisão por uma área gigantesca. Todavia, todo o custo atrelado à criação e administração de um estado acabou barrando o projeto.