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Conceitos

Para resolver os exercícios do módulo, o professor Hansen revisa a matéria de geografia da população. Explica o que é o crescimento vegetativo, o papel da imigração e a taxa de fecundidade. Acompanhe aqui o

Crescimento Vegetativo

Redução da Fecundidade

Teorias demográficas

Taxa de Reposição

Ritmo do crescimento

Diferenças nas taxas de crescimento

Crescimento e distribuição da população mundial

Atualmente, existem 7 bilhões de pessoas no mundo e uma diversidade de idiomas, culturas, tradições, etnias e religiões. A maior parte dessa população está concentrada na Ásia em países como a China, Índia, Indonésia.

 

Distribuição da população

Em termos de distribuição, pode-se afirmar que a densidade demográfica mundial (número de habitantes por quilômetro quadrado) é concentrada e desigual. Nesse sentido, é importante diferenciar país populoso de país povoado.

  • Populoso: conceito relacionado à população absoluta de um país. Em números absolutos, corresponde a quantos habitantes vivem em determinado lugar. Nesse sentido, quando a população absoluta é bastante expressiva, fala-se em país populoso, cidade populosa.
  • Povoado: conceito que expressa a relação entre o número total de habitantes e sua distribuição no território por quilômetro quadrado. Essa relação corresponde à divisão da população absoluta de um país pela área desse mesmo território. Essa informação constitui o dado denominado densidade demográfica (hab./km²).

 

No caso do Brasil, o país possui uma população absoluta de, aproximadamente, 210 milhões de habitantes e uma área de, aproximadamente, 8,5 milhões de quilômetros quadrados. Nesse sentido, sua densidade demográfica é em torno de 24,7 hab./km² (total de habitantes dividido pela área do território). Desse modo, pode-se afirmar que o Brasil é um país populoso e pouco povoado, pois possui uma elevada população absoluta e uma baixa densidade demográfica.

 

Crescimento populacional

Para a compreensão do crescimento da população mundial, é necessária uma análise estatística através de dados demográficos encontrados, por exemplo, em censos demográficos, como aqueles realizados pelo IBGE, além de uma análise histórica e geográfica dessas populações.  Após esse conjunto de procedimentos, é possível identificar e compreender os padrões de crescimento da população, que estão associados, por exemplo, à queda da mortalidade, ao aumento da expectativa de vida, entre outros.

Hoje, o ritmo de crescimento populacional vem diminuindo a cada ano. Esse crescimento é medido através do chamado crescimento vegetativo, que consiste na diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade e que, geralmente, é expresso em porcentagem.

  • Crescimento vegetativo positivo: quando o número de nascimentos é maior que o número de mortes.
  • Crescimento vegetativo negativo: quando o número de mortes supera o número de nascimentos.
  • Crescimento demográfico: calculado a partir do somatório do crescimento vegetativo e do saldo migratório (população que entra e sai).

 

Teoria Malthusiana

Formulada por Thomas Malthus, no final do século XVIII. Segundo ele, haveria um desequilíbrio entre o crescimento populacional e a disponibilidade de alimentos. Esse desequilíbrio levaria a um quadro de fome, pois Malthus acreditava que a população crescia em progressão geométrica (2, 4, 8, 16, 32, 64…), enquanto a produção de alimentos crescia em progressão aritmética (1, 2, 3, 4, 5, 6…).

O equívoco dessa teoria consiste no fato de que Malthus não previu que os avanços tecnológicos na agricultura e na indústria seriam capazes de aumentar a produção de alimentos, que se tornou muito além de necessária para sustentar a população.

 

Teoria Neomalthusiana

Após a Segunda Guerra Mundial, em 1945, a população mundial cresceu consideravelmente, uma grande explosão demográfica, tanto nos países desenvolvidos quanto nos subdesenvolvidos, que ficou conhecida como “Baby boom”. Esse crescimento populacional voltou a preocupar alguns pesquisadores e disso surgiu a Teoria Neomalthusiana. Embora inspirados nas ideias de Malthus, eles reconheciam que a produção de alimentos não seria um problema. Mesmo assim, o crescimento populacional gerava consequências negativas, como a pobreza nos países subdesenvolvidos. Assim, sugeriam como necessário o controle da natalidade através de métodos contraceptivos, entre outros, que ficaram agrupados como planejamento familiar.

 

Teoria Reformista ou Marxista

Surgiu a partir da formulação de diversos pensadores que contestavam a Teoria Malthusiana por defender os interesses burgueses e a manutenção dos estratos sociais como forma de conter o crescimento populacional. Segundo essa teoria, a desigualdade não estava na relação entre o número de pessoas e a produção de alimentos, mas sim na má distribuição de renda. Por se aproximar das teorias formuladas por Karl Marx, também ficou conhecida como Teoria Marxista. A Teoria Reformista defende que a solução para essa desigualdade seria a formulação de políticas públicas que visem a combater a pobreza e a aplicação de direitos trabalhistas que assegurem a renda do trabalhador.

 

Teoria Ecomalthusiana

Essa é a teoria mais recente, segundo a qual o crescimento populacional exagerado exerce uma grande pressão sobre os recursos naturais, o que pode ser um risco irreversível para o futuro ao se intensificarem impactos ambientais, como o aquecimento global e o desmatamento. Portanto, a solução seria o desenvolvimento sustentável. Alguns entendem que essa teoria é apenas uma vertente da Teoria Neomalthusiana. A crítica feita a ela é o fato de que desconsidera o fator econômico como fundamental para compreender a pressão sobre os recursos naturais, uma vez que os países ricos são os que mais impactam o meio ambiente, apesar de apresentarem taxas de natalidade cada vez menores.