Contextualizando
A Aliança para o Progresso
A Crise dos Mísseis
O Chile de Allende
O Populismo e o Fortalecimento do Operariado
O Mundo Bipolar
Em 1945, os impactos da Segunda Guerra Mundial em todo o planeta haviam sido tão grandes que novas configurações políticas, econômicas, geográficas e culturais surgiram. Este novo mundo, atormentado pela barbárie, pelo totalitarismo e pelas bombas atômicas, naquele momento, dividia-se em duas grandes zonas de influência: no lado ocidental, a hegemonia econômica e militar dos Estados Unidos da América permitia a criação de um bloco capitalista, enquanto no lado oriental, a expansão do Exército Vermelho pelo leste europeu e pela Ásia, construía uma cortina de ferro tomada pelo socialismo soviético de Josef Stálin.
Após a Revolução Cubana (1953-1959), a presença de um país socialista no “quintal” dos Estados Unidos e o crescimento de outros movimentos revolucionários na América Latina acendeu o alerta do governo americano. Neste cenário, o presidente John Kennedy, em 1960, lançou a chamada Aliança para o Progresso. O projeto tinha como objetivo enviar ajuda econômica para países da América Central e do Sul combaterem possíveis ameaças socialistas em seus territórios, difundindo, assim, os ideais capitalistas.
A Aliança Para o Progresso também contou com um apoio político e estratégico dos Estados Unidos para o estabelecimento de diversas ditaduras militares. Assim, não só o dinheiro evitaria o sucesso de revoluções, como a violência e o autoritarismo neutralizariam os chamados subversivos.
Logo, a construção de uma nova esquerda durante a década de 1960 e 1970 foi dificultada, sobretudo pelo surgimento de ditaduras militares. Afinal, o sucesso da Revolução Cubana amedrontou o bloco capitalista e novas revoluções ou movimentos sociais deveriam ser evitados.