Introdução
Exercícios 1 a 3
Exercícios 4 ao 7
Exercícios 8 e 9
Exercício 10
A crise do liberalismo
Ao estourar em 1914, a 1º Guerra Mundial abalou profundamente as estruturas globais e colocou em dúvida as antigas certezas construídas ao longo do século XIX. A velha Europa, que antes se posicionava como a guardiã da modernidade e da civilização, agora estava enterrada nas trincheiras. Embora o mundo estivesse em crise, novas potências surgiram ao fim da guerra, outras formas de ver e entender o mundo afloraram e o período entre guerras marcou assim o colapso das antigas ideias liberais.
O acentuado ritmo de crescimento e a produção industrial norte-americana não cessou, ao longo da década de 1920 o valor real dos salários não crescia, o consumo interno reduzia e os países europeus recuperavam suas economias e seus lugares no mercado global. Essa conjuntura, naturalmente, não favorecia as indústrias americanas, muito menos a massiva quantidade de produtos lançadas no mercado graças a produção em massa do taylorismo.
Em julho de 1929, a produção industrial americana já demonstrava os impactos que sofria com essas mudanças na conjuntura econômica global. Há queda de produção, os gastos e os baixos lucros provocaram nesse período uma série de demissões e uma leve recessão econômica. A situação desfavorável dessas empresas assombrava a burguesia industrial, que viu nos meses seguintes o preços de suas ações despencarem e suas dívidas contraídas com empréstimos e créditos em bancos ampliarem.
Assim, em setembro, com a falência de algumas empresas, a confiança de muitos investidores começou a desandar e, como uma bola de neve, a instabilidade econômica cresceu rapidamente com falências, dívidas e desempregos, até que, no dia 24 de outubro de 1929, na chamada quinta-feira negra, a bolsa de valores de Nova Iorque registrou a maior queda de valores de ações da história, que provocou o chamado crash da bolsa e a iniciou a crise de 1929.
A quebra da bolsa de Nova Iorque piorou ainda mais a situação econômica, afinal, desesperadas, muitas pessoas começaram a retirar seus investimentos das empresas e dos bancos, deixaram de pagar dívidas e de consumir. Da noite
para o dia, milhares de pessoas perderam tudo o que tinham, outros cometeram suicídio e muitos passaram a viver nas ruas.