Estado do Rio de Janeiro em Geografia

Introdução ao estado do Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro é um dos estados da Região Sudeste do Brasil. Sua população é de aproximadamente 17 milhões de habitantes, segundo dados do IBGE de 2019. Apresenta um IDH de 0,761 e é composto por 92 municípios. É dividido em oito Regiões de Governo, das quais iremos estudar pontualmente as atividades econômicas de algumas delas.

Região Metropolitana

Também denominada de Grande Rio, é composta por 22 municípios. A cidade do Rio de Janeiro é a metrópole dessa região formada em 1974, embora os municípios que a integram tenham sido adicionados com o passar dos anos. Essa região apresenta o setor industrial mais forte do estado, principalmente o município do Rio de Janeiro. Tal condição decorre de uma herança histórica por ter sido a capital do país (antigo estado da Guanabara), concentrando, assim, importantes sedes de empresas estatais, como Petrobras, BNDES, Correios, Eletrobras, etc. Além disso, municípios como Duque de Caxias, Niterói e Itaboraí também apresentam destaques industriais. Essa concentração industrial e urbana gerou um grande dinamismo comercial, sendo associada cada vez mais a serviços (turismo e megaeventos) e negócios, com sede de empresas privadas. Todavia, desde 2014, o município e o estado enfrentam crises econômicas, perdendo um pouco do seu protagonismo.

Costa Verde e o Vale do Paraíba

Essas duas regiões compreendem a parte sul do estado. A Região da Costa Verde é famosa pelas suas belezas naturais, estendendo-se do município de Mangaratiba até Paraty. O turismo é uma das atividades centrais dessa região, principalmente no distrito de Ilha Grande, no município de Angra dos Reis. Além dessa condição natural, a história da região, como do município de Paraty, é motivo para atrair outras atividades, como a gigantesca Flip (Festa Literária Internacional de Paraty). Na região, a construção de plataformas de petróleo e outros segmentos da indústria naval se destacam. É também a única parte do Brasil em que se desenvolve a geração de energia nuclear, nas usinas de Angra 1 e Angra 2. Essa região foi escolhida pela proximidade com os principais centros consumidores do país, Rio de Janeiro e São Paulo.

A Região do Médio Paraíba se destaca principalmente devido à Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), instalada no município de Volta Renda durante a Era Vargas. A indústria automobilística é outro setor que se destaca na região, como no município de Porto Real, onde estão instaladas as fábricas da PSA Peugeot Citroën, da Volkswagen (Man Latin America Caminhões & Ônibus) e da Coca-Cola. E, por fim, a região é sede da Academia Militar das Agulhas Negras, localizada no município de Resende, sendo o único estabelecimento de ensino superior responsável por formar os oficiais combatentes de carreira do Exército Brasileiro.

Região Serrana e Noroeste Fluminense

A Região Serrana está associada a um processo de colonização europeia um pouco diferente, no qual se destaca o turismo devido à sua arquitetura. Outro destaque é a produção de hortifrutigranjeiros na região, que, devido ao clima tropical de altitude, com menores temperaturas que o restante do estado, possibilita o cultivo de gêneros agrícolas específicos. Por ser uma região de serras, com grande declividade, sofre naturalmente com o risco de deslizamentos, que é agravado pela ocupação irregular das encostas. A região também apresenta uma força significativa na produção industrial têxtil, como roupas íntimas e biquínis. A Região Noroeste Fluminense é a que apresenta o menor IDH, sendo uma das mais dependentes de atividades primárias, como agricultura e pecuária, destacando-se a produção de café, açúcar e linguiça.

Região dos Lagos

Corresponde à Região das Baixadas Litorâneas, ou também denominada Costa do Sol, por ser uma região de belíssimas praias que atrai um turismo não só do Rio de Janeiro e do Brasil, mas do mundo. Além do turismo, a região se destaca em serviços como resorts e redes de grandes hotéis. É considerada uma das regiões mais interessantes para a prática de mergulho. O crescimento econômico dessa região nos últimos anos pode ser associado aos royalties do petróleo, uma espécie de indenização paga aos estados pela exploração desse recurso mineral, na região vizinha (Norte Fluminense). A produção de sal também é destaque na economia dessa região.

Norte Fluminense

O estado do Rio de Janeiro é o que mais produz petróleo no Brasil, sendo os municípios de Campos dos Goytacazes e de Macaé uns dos mais beneficiados com essa exploração. Esses municípios recebem milhões de royalties pela exploração desse recurso, além de desenvolverem um forte setor naval e de serviços associado a essa atividade. Com isso, o perfil socioeconômico dessa região foi mudando, observando-se cada vez mais a oferta de serviços com valores mais elevados, crescendo o comércio da região. Todavia, com a mudança na Lei dos Royalties, segundo a qual os recursos seriam divididos não só com os estados produtores de petróleo, mas também com todos os outros estados do Brasil, a região começou a enfrentar dificuldades, o que, somado à queda no preço do petróleo e aos escândalos de corrupção, só agravou a situação. Nesse contexto, observaram-se o crescimento da desigualdade na região e o aumento do processo de favelização.