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Café e a cidade de São Paulo

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O ciclo do café

A atividade cafeeira surge no século XVII no Brasil, mas teve sua fase mais vigorosa no século XIX. O café foi fundamental para o Brasil, pois foi nesse período que pode-se dizer que a consolidação do território nacional e o povoamento ocorreu efetivamente, sem falar na importância que a atividade teve como motor da economia e o início do processo de industrialização.

O desenvolvimento da produção do café leva ao crescimento das áreas separadas para a plantação dessa cultura, que se expande e organiza ao redor das ferrovias, com o objetivo de facilitar o escoamento para a exportação. A introdução dessa cultura pelo interior, principalmente da região Sudeste, permitiu que essa região tivesse um maior desenvolvimento e investimento, de forma que mesmo após o declínio do ciclo do café, a região Sudeste assegurou a supremacia na economia nacional, devido a melhor infraestrutura disponível, fruto das riquezas oriundas da atividade cafeeira, que foi investida na indústria.

 

Industrialização

Para entender a industrialização do Brasil é necessário voltar ao ciclo do café, que foi o motor inicial para que esse processo ocorresse. Até o início da década de 1930, o espaço geográfico brasileiro foi estruturado exclusivamente ao redor do modelo primário-exportador, fazendo com que a configuração das atividades econômicas agropecuárias fossem dispersas e com rara ou ausente interdependência entre si. A partir do crescimento da economia cafeeira, o processo de urbanização se intensificou, principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo, com o objetivo de facilitar o escoamento da produção e a distribuição, através da ampliação das linhas férreas. Com o fim da escravidão e a chegada dos imigrantes, o mercado consumidor cresceu consideravelmente, o que possibilitou a produção para o mercado interno e o desenvolvimento das indústrias. A concentração da riqueza na região Sudeste, devido a riqueza oriunda do café, fez com que as indústrias também se concentrassem na região aumentando as disparidades inter-regionais.

Dentre os fatores que beneficiaram a concentração industrial na região Sudeste podem ser destacadas:

  • Concentração de infraestrutura de energia, comunicação e, sobretudo, transportes
  • Concentração de mão de obra qualificada (lembrando a entrada de mão de obra estrangeira, em sua maior parte, já qualificada para os serviços fabris);
  • Concentração de mercado consumidor;
  • Rede bancária desenvolvida, por conta da presença de centros de produção de café.