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Regra Geral do Uso da Crase

Você sabe fazer uso da crase corretamente? Nesse vídeo, será explicado o conceito da crase, sua regra geral e suas aplicações. Esse vídeo se torna muito importante para os estudantes que vão realizar a prova do ENEM para garantir os 200 pontos na competência 1.

Exercícios de crase

Exceção de crase: bife à cavalo?

Exceção à crase: artigo indefinido

Uso da crase antes de pronomes I

Uso da crase antes de pronomes II

Uso da crase: verbos e preposições

Crase antes de nome de lugar

Regra específica do uso de crase

Uso de crase em palavras omitidas

O acento grave e o fenômeno de crase

No fenômeno de crase, há a superposição, a junção de duas vogais A, uma funcionando como preposição e outra como artigo. Se os dois estiverem no mesmo ponto, marca-se o encontro com o acento grave. Veja alguns exemplos:

Vou à igreja.

No exemplo, há a junção da preposição a, exigência do verbo ir, e do artigo definido a, necessário na definição do substantivo igreja. Por essa necessidade de colocação de duas vogais a, utiliza-se o fenômeno da crase. Note que, se o substantivo utilizado fosse masculino, o artigo necessário seria o definido o. Dessa forma, o acento grave não seria necessário, uma vez que não haveria a superposição de vogais idênticas:

Vou ao shopping.

 

Agora, antes de aprofundarmos essa discussão, existem algumas regras para a utilização do acento grave. São elas:

– Deve haver uma preposição “a” obrigatória;

– O termo posterior precisa estar no gênero feminino;

– O termo posterior precisa ser definido ou definível.

 

Para entender o fenômeno da crase, você só precisa conhecer bem cada uma dessas três condições e, é claro, aplicar em exemplos específicos. Veja:

Solicitei à agência um novo cartão de crédito.


Utilizando as três condições apresentadas, podemos perceber, em primeiro lugar, que o verbo solicitar pede uma preposição a (afinal, quem solicita, solicita alguma coisa a alguém, certo?); podemos ver, também, que o substantivo agência, aqui funcionando como objeto indireto, está no feminino; por fim, o mesmo termo, agência, é definido ou definível (afinal, quando falamos desse substantivo, sempre utilizamos o artigo antes, não é mesmo? “A agência está fechada” é um bom exemplo!). Satisfazendo as três condições, é fácil perceber que o a, neste contexto, recebe o acento grave.

Nas próximas férias, Eduardo Valladares irá à Bahia.


Assim como no exemplo acima, é possível identificar a crase pelas três condições: o verbo ir pede uma preposição a (quem vai, vai a algum lugar, não é?); Bahia está no feminino; por fim, Bahia é um termo definido ou definível (“A Bahia é linda!”). Usamos, então, o acento grave.

E a crase associada a lugares?

Há um “macete” interessante na identificação da crase quando falamos de lugares. Sempre que você encontrar alguma frase relacionada a algum lugar, tente utilizar a expressão “Vim de/do (lugar)”. Se você utilizar o da (ou o do), quando construir a expressão “Vou à”, você utilizará a crase (já que do ou da é a junção da preposição de com um artigo o/a). Porém, se você, na frase, utilizar o de, a construção não apresentará crase (uma vez que o de é apenas uma preposição, não havendo um artigo). Vamos ver exemplos?

Fui à Argentina. (Vim da Argentina)

Vou à Bahia. (Vim da Bahia)

Vou a São Paulo. (Vim de São Paulo)

Fui a Paris. (Vim de Paris)