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Clube Cultural - "Tempos Modernos" (1936), de Charles Chaplin

Confira!

O Clássico dos Clássicos

Todo mundo já ouviu falar sobre Charles Chaplin, mas muita gente não tem dimensão da importância dos filmes dele para uma visão mais crítica da sociedade. Para o vestibular, o filme "Tempos Modernos" já é considerado uma das grandes fontes de análises de um processo de industrialização e de exclusão social. Lançado em 1936, o longa promove de forma bem cómica uma reflexão sobre as consequências do surgimento de uma nova fase do capitalismo, a industrial.

Apesar de todas as criticas que podem, e devem, ser feitas as grandes figuras por trás de grandes obras, é importante pontuar a inovação proposta por esses clássicos sem precisar exaltar, necessariamente, a imagem por trás da criação. Com um filme mudo, mas nem tanto, em um contexto aonde já existia a tecnologia de unir o som a imagem, Chaplin trouxe uma critica certeira sobre um acontecimento tão importante para a história da humanidade, como a Revolução Industrial. E tal critica é feita exatamente após a quebra da bolsa de valores de Nova Iorque e em um momento de crise do capitalismo no mundo, que ocasionou uma descrença generalizada no modelo econômico baseado no liberalismo.

Cartaz do filme Tempos Modernos.

https://www.papodecinema.com.br/filmes/tempos-modernos/

De forma nada sutil e no estilo comédia pastelão, o filme de quase 100 anos atrás retrata a insalubridade do trabalho e a aplicação das teorias a cerca das organizações laborais que foram surgindo ao longo da expansão da revolução industrial. Mais do que isso, o longa-metragem retrata o processo de alienação ao qual os trabalhadores passaram a estar subjulgados a partir de uma ideia de especialização do trabalho, com o fordismo. Ao mesmo tempo, o filme é uma critica aos absurdos da exploração capitalista e do processo de exclusão social e econômica ao qual as classes mais baixas passaram a estar submetidas com o advento de novas formas de exploração caracteristicas da revolução indústrial.

Então já pega a pipoca, separa o suquinho (vamos de vida saudavél, né) e chama na contextualização histórica e geográfica com o nosso clube cultural de hoje.