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Clube Cultural - Uma noite em 67

Confira!

O Clube Cultural de hoje vai falar sobre o filme "Uma noite em 67". Essa aula pode ser entendida enquanto uma continuação da discussão do disco Tropicália. Na mesma energia dos festivais de música, vamos estudar um epiósodio da música popular brasileira que revela muito sobre a sociedade e contexto político da época.

Festival da Canção de 1967, onde 12 artistas chegaram a final do festival. Os festivais mobilizam o público de uma forma impressionante e eram transmitidos ao vivo. Eram o grande produto de entreterimento da tv aberta.. Pelo formato do festival instigar a competição, haviam verdadeiras torcidas organizadas e clubes de aposta para os artistas da época. Da performance até as músicas em si, num período onde a infraestrutura era muito mais precária, a pressão sob os festivais eram enormes.

A ditadura estava em curso e o sentimento de opressão sobre a sociedade da época era uma realidade. Era nesses festivais que público extravasava suas opiniões e a cultura teve papel central nas lutas políticas do período. Todo esse sentimento efervecente que se dava nos festivais causava situações inusitadas. De vaias ensurdecedoras, caixas de ovos, "Miss-Vaia", e aplausos loucos, os artistas passavam por verdadeiros testes a sua arte. Fazer arte nesse contexto demandava não apenas uma boa crítica política mas uma boa leitura do público e da situação para dosar a mão nos elementos artísticos. 

Na ameaça iminente do encerramento daquelas atividades, com uma escalada crescente das censuras à cultura, defender seu artista e sua linha artística era também fazer uma defesa do que politicamente deveria ser defendido naquele momento crucial de luta para o povo brasileiro. De canções mais engajadas, a um movimento vanguardista como o Tropicália, até os representantes da Jovem Guarda que eram considerados pouco politizados, defender sua corrente artística se tornava uma disputa política. A mobilização social portanto tinha um grande peso do movimeno cultural da época.