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Movimentos operários - ludismo e cartismo

Neste vídeo mostramos os movimentos operários: Ludismo (movimento de quebra de máquinas) e Cartismo (carta emitida ao parlamento com reinvindicações – primeiro movimento organizado), como formas de resistência da classe operária à exploração.

Doutrina do socialismo - utópico e científico

Doutrina do anarquismo - ausência imediata de poder

Doutrina social da Igreja - socialismo cristão

As novas doutrinas sociais e o movimento operário

Durante o processo de Revolução Industrial, a concentração do capital em grandes complexos industriais e na mão de poucos empresários gerou impactos profundos no mundo do trabalho e nas relações sociais. Assim, com o crescimento da burguesia, consequentemente, a classe operária também se ampliaou e se estruturava. Logo, a luta de casses, ao longo do século XIX, entre o proletariado e a burguesia passou a se intensificar cada vez mais, visto que as novas formas de trabalho aprofundavam a exploração do trabalhador nas fábricas.

Essas novas relações de trabalho nas fábricas, principalmente na Inglaterra, possibilita também a constituição da classe operária e o desenvolvimento de suas formas de mobilização na luta por seus direitos e pelas melhorias nas condições de trabalho. Assim, surgiu no século XIX alguns movimentos organizados de trabalhadores que lutavam exatamente nessas esferas, como:

  • O Cartismo (1830 - 1840) buscava apelar ao parlamento para a inclusão da participação política dos proletariados através da Carta do Povo escrita por William Lovett que exigia entre outras coisas, o direito ao voto universal e o pagamento de parlamentares para que classes baixas pudessem
    participar também. Fortemente reprimido pelo governo inglês, o movimento vai ser a base para um futuro movimento operário internacional contra as injustiças sociais criadas a partir da industrialização.
  • Já o Ludismo no início do século XIX, possuía um caráter mais radical ao compreender que a causa da sua exploração eram as máquinas, logo eram elas que precisavam ser destruídas. Suas ações se davam na parte da noite quando um bando de trabalhadores invadia as fábricas e quebravam suas máquinas reivindicando melhorias em seus salários e melhores condições de trabalho. Duramente reprimida, a quebra de máquinas passa a se constituir como crime capital na Inglaterra tendo a pena de morte como punição máxima, desestruturando o movimento.

Esse impacto da nova fase da revolução industrial, no mundo do trabalho, foi fundamental também para o crescimento de novas ideologias que se no século XIX, como o socialismo e o anarquismo, muito movidos pela formação de sindicatos operários e pela criação de partidos trabalhadores.

Enfim, vale destacar que, apesar da 2º fase da revolução industrial representar um processo de crescimento da burguesia e do pensamento liberal na Europa, essa fase dependeu muito mais que a primeira da exploração de outros povos para garantir a produção e o consumo. Assim, aliada ao imperialismo, a segunda fase da revolução industrial encontrou sobretudo nas novas colônias europeias na África e na Ásia as matérias primas abundantes, a mão de obra barata e o mercado consumidor extenso necessários para a expansão das indústrias e a criação de grandes monopólios e oligopólios.