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Sentido da Capital

Neste vídeo, o professor Renato Pellizzari fala sobre a razão para a escolha da capital e seu sentido em relação à política. Material: http://desconversa.com.br/wp-content/uploads/2015/10/Materialdeapoioextensivo-historia-exercicios-as-capitais-do-brasil.pdf

Primeira Capital

Segunda Capital

Terceira Capital

Questão 01 - ENEM 2014 (PPL)

Questão 02 - ENEM 2013 (PPL)

Desde o início da colonização portuguesa na América, a Corte buscou formas de administrar a colônia para melhor explorar o território, adquirir riquezas e proteger as terras. Com o fracasso do modelo de autonomia das Capitanias Hereditárias, o Governo Geral foi instalado em 1548 como forma de centralizar a administração. Assim, a primeira capital do Brasil colonial foi Salvador, entre 1548 e 1763, ou seja, até a transferência da capital para o Rio de Janeiro, que centralizou o poder até 1960, quando o governo de Juscelino Kubitschek construiu Brasília, a nova capital.

A primeira escolha para a sede do governo em Salvador ocorreu em um momento de maior interesse dos portugueses pela exploração colonial e de crescimento da economia açucareira. Logo, temendo as invasões de piratas e navegadores de outros reinos na colônia portuguesa, o Rei de Portugal ordenou a criação de uma capital colonial e confiou a Tomé de Souza o cargo de primeiro Governador-Geral do Brasil. A opção por Salvador corresponde a sua localicação estratégica para o comércio do açúcar e para a navegação.

No entanto, a partir do século XVIII, com o deslocamento do eixo econômico do nordeste para o sudeste, com a exploração do ouro, a capital Salvador também se tornou muito distante do novo polo de riquezas. Desta forma, para melhor administrar as regiões mineiradores, combater o contrabando e arrecadar os impostos, a capital foi transferida de Salvador para o Rio de Janeiro, em 1763.

Desta forma, ao longo dos anos o Rio de Janeiro passou a centralizar não só o poder colonial como a própria administração de todo o reino português, pois, com a transferência das cortes portuguesas em 1808 e a elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal e Algarves, a cidade se tornou a capital do reino. Essa transferência da família real possibilitou toda uma reformulação da cidade, com a modernização urbana, a abertura de instituições modernas e de centros de pesquisa. 

O Rio de Janeiro, portanto, presenciou por anos os principais acontecimentos políticos do país, sendo palco das decisões e jogos políticos do Império, de revoltas populares, da assinatura da Lei Áurea, da Proclamação da República, da Revolução de 1930, da formação do Estado Novo e de atuação política de diversas personalidades da História Brasileira. 

No entanto, algumas características do Rio de Janeiro se tornaram empecilhos para a política e logo algumas ideias de transferência da capital voltaram a ser debatidas ainda no século XIX. Por ser uma cidade portuária, a capital ficaria muito exposta em uma situação de guerra com outros países, assim como, por ser uma cidade cada vez mais populosa, também se tornava vulnerável a protestos e revoluções. Outro ponto também debatido era a concentração política e econômica no litoral, o que dificultava a administração, exploração e desenvolvimento das regiões do Centro e do Norte do Brasil.

Enfim, foi apenas com a eleição de JK, em 1955, que os antigos planos de mudança da capital brasileira para o planalto central, de fato, viraram prioridade. A cidade de Brasília passou a ser pensada e construída pelos principais arquitetos do país como um símbolo de modernização e integração nacional. Logo, no dia 21 de abril de 1960, Brasília foi oficialmente fundada como a nova capital do país.