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Participação do Brasil nos organismos internacionais

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Participação do Brasil nos organismos internacionais

A geopolítica estuda a relação entre os países. Para realizar o comério globalizado e defender seus interesses, existem alguns mecanismos de encontro e diálogo entre os países.

Os países, para serem considerados potências, precisam ter algumas frentes bem fortes e consolidadas. Ter grande influência econômica, militar e cultural é vital para entendermos quais países são considerados potências. Por exemplo, o Brasi possui uma economia forte, temos grande mercado consumidor, o sexto maior do mundo. Somos a oitava economia do mundo e possuimos vasta produção industrial. Culturalmente, no entanto, temos pouca influência no contexto mundial, poucas marcas próprias consolidadas no mercado e pouca projeção do nosso entreterimento ao restante do mundo. Militarmente somos uma referência para a América do Sul, mas no que tange o cenário mundial é bem pequeno. O Brasil é considerado por isso uma potência regional, e não mundial. Países da América Latina vêem o Brasil como uma grande potência com posturas até imperialistas dentro da própria América do Sul.


Mercado Comum do Sul (Mercosul)
UniãoAduaneira criada a partir do Tratado de Assunção, em 1991, pela Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Seu objetivo é futuramente formar um Mercado Comum, com livre circulação de pessoas, porém as disparidades econômicas entre os membros, a baixa cooperação regional do Brasil e Argentina, além do caráter primário da maioria das exportações dos países membros, dificultam o desenvolvimento do bloco.

A Venezuela foi efetivada ao posto de quinto membro efetivo do bloco, em 2012, após uma verdadeira crise política no governo de Dom Fernando Lugo, no Paraguai. Esse país se posicionava contra a entrada da Venezuela, porém devido à suspensão do Paraguai em meio à crise política, a entrada da Venezuela foi aprovada. Hoje, a Venezuela se encontra suspensa desde 2017 por ruptura da ordem democrática. A Bolívia é outro país que possui interesse em fazer parte do Mercosul, manifestando seu interesse formalmente desde 2015. Sua entrada já está aprovada por todos os países, todavia falta a efetivação pelo Congresso brasileiro.


O que são os BRICS?
O termo “BRIC” foi criado em 2001, por Jim O’Neil, economista do banco “Goldman Sachs”, em um artigo que queria dar foco ao potencial de crescimento do Brasil, Rússia, Índia e China. O próprio termo se tornou algo inesperado, mesmo nos sonhos mais secretos de seu inventor: os chefes de Estado desses quatro países decidiram em 2009 criar um “Fórum dos BRICS”, se reunindo a cada ano para debater assuntos da geopolítica mundial de interesse comum, até mesmo fundando um banco comum, em 2014, para investimentos na economia desses países. Nascido de uma publicação privada, o termo BRIC virou uma realidade geopolítica.

Diversas variações foram sugeridas: BRIICS, que incluiria a Indonésia e a África do Sul (South Africa) e BRICI, que retiraria a África do Sul. Mas o presidente chinês, em 2012, convidou somente o presidente sulafricano para se juntar ao “BRICS”, talvez como uma forma de reconhecer o potencial do país africano para um grande crescimento econômico e ser um ator geopolítico. Diversas outras siglas surgiram, usualmente produtos de sociedade de investimentos para atrair capital, mas ao que tudo indica, a sigla dominante é “BRICS”.

Houve também a criação do Banco dos BRICS, o NDB (New Development Bank – novo banco de desenvolvimento) que favoreceu a arrecadação e atraiu a concentração em banco desses investimentos. Esse período foi marcado por tanto poder de influência que houveram acordos com o FMI, como o empréstimo de dinheiro em moeda local para os emergentes ignorando a diferença de juros e podendo também contestar o padrão linguístico dos documentos, usualmente em inglês. Isso representa poder e representatividade no cenário global. Esses 5 países representam 40% da população mundial e detêm 50% do crescimento econômico mundial de 2008 a 2013. Os BRICS são, acima de tudo, símbolo da mudança do poder econômico global, distanciando-se das economias desenvolvidas do G7 em relação ao mundo em desenvolvimento.