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Movimento antivacina: riscos e impactos à saúde no Brasil

Confira!

Antivacina e movimentos conspiracionistas

Segundo relatório da OMS, 2 a 3 milhões de mortes por ano são evitadas pela vacinação. Outras 1,5 milhão de mortes poderiam ser evitadas se existisse maior cobertura global de vacinas. Você já viu Forrest Gump? É um excelente filme, fica a dica. O personagem central desse filme, quando criança, foi afetado por um vírus que infecta o sistema nervoso e pode levar à fraqueza ou paralisia muscular. Diversas crianças foram vítimas da pólio até o desenvolvimento da vacina. E, graças a ela, falta pouco para ser erradicada no mundo.

Isso não quer dizer que as vacinas sejam livres de problemas ou custos. Existe sempre a necessidade de atenção a esse processo. Mesmo assim, há um grupo que acredita que a vacina não ajuda a salvar vidas. E esse grupo pode estar influenciando significativamente os casos de sarampo, que volta a preocupar o mundo. Para melhor entender a situação, segundo a OMS, o Brasil, que, em 2017, não contabilizou casos de sarampo, registrou, de janeiro a junho de 2018, 1686 casos. É lógico que as razões pelas quais as pessoas escolhem não se vacinar são complicadas. Isso pode estar associado à complacência, inconveniência no acesso às vacinas ou à falta de confiança. Por isso, são importantes as campanhas de conscientização. No Brasil, a proporção de municípios com coberturas vacinais tem apresentado uma queda. Alguns estudos apontam essa baixa como uma razão para o retorno de casos de doenças que podem ser prevenidas com a vacinação.

Na Europa, um estudo é apontado como a principal causa para a desconfiança sobre a vacina. Nesse estudo, um ex-médico e também ex-pesquisador estabeleceu uma relação entre componentes de uma vacina e a ocorrência de autismo. Como esse estudo só conseguia ser reproduzido nos sonhos do médico-pesquisador e ninguém mais no mundo conseguia estabelecer a mesma relação, inclusive seu auxiliar de pesquisa, ele foi julgado “inapto” para exercer medicina pelo Conselho Geral de Medicina do Reino Unido. Infelizmente, as consequências negativas da sua “pesquisa” perduram até hoje.