Mobilidade urbana - desafios

Mobilidade Urbana

Uma possível definição de mobilidade urbana é a capacidade de deslocamento de uma determinada população num perímetro urbano. A população se desloca por diversas razões. As motivações podem ser sociais, econômicas, afetivas. Existem os modais de transporte que auxiliam nessa movimentação. Eles são os meios pelos quais nos transportamos. Com o crescimento da urbanização, aumenta a dificuldade em realizar um planejamento urbano adequado, que resolva os congestionamentos.

O planejamento urbano dos países subdesenvolvidos se deu de uma maneira diferente dos desenvolvidos. No primeiro, a ocupação urbana foi acelerada e desordenada, de modo que os centros das grandes cidades se iniciaram principalmente com a atração de mão de obra para as indústrias, que acabaram se tornando os centros. Quem chegava primeiro, ou tinha mais dinheiro conseguia morar perto do local de trabalho. Essa realidade foi para poucos e grande parte da população começou a ocupar os locais mais periféricos da cidade e enfrentar um longo deslocamento até sua jornada de trabalho. Nos países mais ricos, o planejamento urbano se deu de modo mais organizado, colocando no centro da cidade as pessoas de baixa renda justamente para evitar esse deslocamento. Nas áreas periféricas e mais afastadas se deu a especulação imobiliária, fazendo com que a população mais abastada economicamente possa ter carros e se deslocar pela cidade.

A hora do rush, presente na maior parte das cidades grandes, é a hora de saída e chegada de trabalho onde você tem a maior parte dos veículos na rua. Podemos reparar a contradição. No esquema abaixo, é possível visualizar outros meios de transporte que deslocam a mesma quantidade de pessoas ocupando porções do espaço bem diferentes.

Dificuldades da mobilidade urbana

No Brasil, as companhias que administram o transporte público, que tem uma função tão crucial na cidade são feitas por monopólios de grupos administrativos, usualmente relacionadas a parceria público privado. O preço abusivo dos transportes e a má qualidade deles tem sido preponderante. O resultado disso são deslocamentos mal planejados que forçam o trabalhador a se deslocar por um grande período, pagando caro, sem conforto e com risco de acidentes. O aumento da quantidade de ciclistas urbanos vem crescendo por conta disso. É um meio gratuito, saudável e rápido de se deslocar, onde o indivíduo não se vê refém dos meios de transporte convencionais. Com pouca atenção do estado e dos meios administrativos para o direito dessa população, muitos conflitos e acidentes são gerados. Ao mesmo tempo, populações periféricas não conseguem se deslocar de bicicleta, muitas vezes pela longa jornada de trabalho, distância e falta de infraestrutura.