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Índia Contemporânea

O professor João Daniel fala sobre a Índia contemporânea. Confira!

Características do território e População

A Índia foi o segundo país do mundo a atingir uma população de 1 bilhão de habitantes. Segundo estimativas do Banco Mundial, são 1,339 bilhão de indianos, uma diferença de 50 milhões de pessoas para a China, maior população mundial. Estimativas apontam que a Índia deve superar a população chinesa em 10 ou 15 anos. Até a década de 2050, deve atingir o valor de 2 bilhões. Atualmente, a população indiana corresponde a aproximadamente 18% da população mundial.

A densidade demográfica é de 328 hab./km², o que coloca o país em categoria rara, de país populoso e povoado, isto é, apresenta valores elevados de população absoluta ao mesmo tempo que bem distribuída pelo território.

Conforme é possível observar no mapa, a Planície Indo-Gangética (cores roxas mais intensas) apresenta as maiores densidades demográficas, e é onde está localizada a capital indiana, Nova Delhi. Essa região é uma das principais áreas úmidas do país.

 

Sistema de castas

O hinduísmo é uma corrente religiosa e filosófica pautada em uma grande variedade de ideias e cultos. Aproximadamente 80% da população indiana se diz hindu, seguido por 14% de mulçumanos e 2% de cristãos e alguns outros grupos minoritários. Uma das características do hindu é a sua estratificação social, o famoso sistema de castas:

  • Brâmanes: são os considerados puros, originados dos lábios ou cabeça de Brahma, geralmente sacerdotes ou letrados.
  • Xátrias (guerreiros): são responsáveis por proteger todos contra a maldade, originados dos braços de Brahma.
  • Vaícias: são os lavradores, comerciantes, artesãos, originados das pernas de Brahma.
  • Sudras: são servos e escravos, originados dos pés de Brahma.

 

Os Párias não são uma casta, pois não possuem origem na divindade Brahma. Esse sistema foi abolido por lei, embora continue sendo praticado. Essa é uma enorme dificuldade para o governo indiano, no aspecto de desenvolvimento socioeconômico do país, pois a desigualdade social age como um limitador do potencial do seu mercado. O consumo é restrito para algumas castas. A industrialização e a urbanização têm contribuído para mudar essa estrutura social.

 

Industrialização indiana

O processo de industrialização indiana é significativo desde a sua independência, em 1947. Isso faz do país uma potência industrial e explica o termo emergente. A industrialização foi pautada em um modelo nacionalista de planificação econômica, sem apropriação de bens de produção. Nesse sentido, durante a Guerra Fria, recebeu grandes investimentos da União Soviética. A indústria de base e de armamentos era o destino prioritário desses investimentos. O vale do Rio Damodar, no Planalto de Decã, foi a base desse processo, devido à disponibilidade de recursos minerais na região.

No final da década de 1990 e início do século XXI, foi possível observar uma mudança significativa nesse processo, que passou a priorizar a produção industrial de alta tecnologia. Os setores de informática, robótica e espacial passaram a ganhar significativos investimentos. Nesse sentido se destaca a cidade de Bangalore, considerada o Vale do Silício Indiano, região de grande desenvolvimento tecnológico. As áreas relacionadas à biotecnologia também se destacam. Nos últimos anos, tais setores, aliados à mão de obra barata, atraíram o capital estrangeiro e colocaram a Índia no mapa das multinacionais. Apresentou crescimento econômico médio de 6,8% nos últimos 20 anos, colocando o país como potência emergente e um dos integrantes dos BRICS, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.