Guerra civil na Síria
A Síria é cenário de um dos conflitos mais brutais do Oriente Médio contemporâneo. O país se encontra devastado e conta com um saldo de milhões de mortos desde o começo da guerra, que já dura mais de oito anos. O ponto de partida para essa questão é o fato de que a família al-Assad governa a Síria há quase 50 anos. Isso sem que os presidentes tenham sido democraticamente eleitos. O poder foi passando de pai (Hafez al-Assad) para filho (Bashar al-Assad), como se fosse uma herança. O governo é liderado pela família al-Assad, que pertence a um grupo étnico-religioso denominado alauita, adepto do xiismo. Isso desagrada a maioria da população, que se considera sunita. Em meados de 2011, por conta dos protestos da Primavera Árabe, civis sírios decidiram fazer manifestações contra o governo de Bashar al-Assad, o então presidente do país. Mesmo que todas as manifestações tenham sido pacíficas, o governo decidiu reprimir violentamente os civis. A partir daí, parte dos cidadãos sírios organizou e formou o Exército Livre da Síria para lutar contra as tropas militares do governo.
A situação se tornou cada vez mais complicada quando outros países, como Estados Unidos e Rússia, começaram a apoiar um dos lados da disputa. A presença do Estado Islâmico na região, que busca expandir seu domínio sobre o território sírio, complica ainda mais o conflito. A Guerra da Síria, além dos inúmeros mortos civis, dividiu o território em diversas áreas sob o domínio desses diferentes grupos, desestabilizou o país e criou uma onda gigantesca de refugiados (mais de 5 milhões de sírios abandonaram o país).
Atualmente, com o apoio militar russo ao governo sírio, a família al-Assad retomou o domínio sobre grande parte do território. O Estado Islâmico, enfraquecido e praticamente derrotado, domina uma ou outra área no território sírio. Em 2019, os Estados Unidos iniciaram a remoção de suas tropas da Síria.