Crise política e econômica do Brasil
O Brasil, desde 2014, tem enfrentado um momento turbulento na economia e na política. Isso tem refletivo em um baixo crescimento da economia do país. Em 2019, a economia dá alguns pequenos sinais de recuperação, mas a projeção do nosso PIB ainda é abaixo do esperado. Por isso, é cedo para falar de recuperação. Para entender esse quadro é preciso voltar um pouco no tempo. No começo dos anos 2000, a economia brasileira vivia um período de crescimento puxado pela alta das commodities (produtos de baixo valor agregado, geralmente primários, de grande importância estratégica negociado em bolsas valores, como soja, milho, minério de ferro, petróleo...).
A alta dos preços das commodities possibilitou um grande fluxo financeiro para o país fundamentando seu crescimento econômico. Em 2014, devido a mudanças no mercado mundial, principalmente uma reorientação da economia chinesa, as commodities começaram a viver um momento de queda dos preços. Com isso a economia brasileira, que possui um grande potencial primário, começou a enfrentar problemas econômicos.
- Ciclo positivo da economia: o elevado consumo, gera uma maior lucratividade e consequentemente um maior investimento produtivo. Com isso é gerado mais emprego e assalariamento, aumentando o consumo. Esse é o ciclo virtuoso da economia.
- Ciclo negativo da economia: a queda no consumo, diminui a lucratividade ou causando prejuízos o que diminui os investimentos. Assim, novos empregos não são gerados e muitas empresas adotam políticas de demissão, reduzindo mais ainda o consumo. Esse é o ciclo vicioso da economia.
A partir de 2014, devido à queda nos preços das commodities a economia Brasileira entrou em um ciclo vicioso, que se somou a uma crise política. Ao mesmo tempo, o país sofria de gargalos econômicos anteriores, como o elevado custo produtivo do país decorrente das precárias infraestruturas de transporte e energia, além da elevada carga tributária.
Nesse sentido, a economia brasileira exigia diversas reformas. A primeira, foi a Reforma Trabalhista, que tinha como objetivo flexibilizar leis trabalhistas para atrair novos investimentos, gerando novos empregos. Posteriormente, o governo voltou-se para aprovar a Reforma da Previdência. Devido o maior envelhecimento da população, o desiquilíbrio entre arrecadação e pagamento de benefícios e o limitado orçamento brasileiro fez com que ela foi a pauta principal para recuperação econômica. Até o momento ela já foi aprovada em dois turnos na Câmara, mas falta o Senado. Conforme a projeção de baixo crescimento da economia para o ano de 2019, essas reformas não foram suficientes e sozinhas não serão. O governo busca minimizar os custos do Estado e aumentar a produtividade brasileira. Porém, apenas os próximos anos irá mostrar o sucesso ou não desse projeto econômico.