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Conflitos africanos: Boko Haram, Sudão e questões regionais

O professor Diogo Moreira fala sobre conflitos africanos, confira!

Boko Haram

O Boko Haram é uma organização terrorista radical islâmico que objetiva a criação de um Estado próprio no norte da Nigéria para implementação da Xaria ou Lei Islâmica. Em tradução direta, Boko Haram significa "a educação não islâmica é pecado". Foi criado em 2002 por Mohammed Yusuf que defendia que a cultura ocidental era a principal razão para os males da Nigéria. Inicialmente a atuação do grupo era dedicada `assistência social e oposição ao governo central. Em 2013 foi declarado como grupo terrorista pelos Estados Unidos, após assumir lealdade ao grupo terrorista Estado Islâmico.

 

A questão do Sudão do Sul

O Sudão do Sul é um país de formação nacional recente, tendo conquistado sua independência em 2011, por meio de um referendo. Porém, essa independência veio após alguns anos de guerra com o Sudão em uma disputa por fronteiras que remete a divisão da África estabelecida por povos europeus. O próprio referendo que aprovou a independência estava previsto no acordo de paz de 2005 que encerrou décadas de guerra civil. A população sudanesa do sul é de maioria cristã ou animista e se sentia discriminada pelo governo centralizado em Cartum, no Sudão, de maioria muçulmana. Esse governo tinha como objetivo impor a lei islâmica na região. O governo de Cartum, no entanto reconheceu rapidamente a nova nação, em processo estável de secessão. Todavia, em dezembro de 2013, dentro dos limites do Sudão do Sul, grupos de milícias rivais começaram a atuar na região com confrontos marcados por massacres étnicos. Isto ocorreu porque o então presidente Salva Kiir destituiu o seu ex-vice Riek Machar, acusando-o de tramar um golpe. Kiir pertence a um grupo étnico chamado de dinka, representado cerca de 15% da população do país, enquanto Machar pertence ao grupo dos Nuer, representando 10% da população. Em 2020, tais grupos anunciaram um acordo de paz objetivando a formação de uma união nacional para formar um novo governo no Sudão do Sul.