Exclusivo para alunos

Bem-vindo ao Descomplica

Quer assistir este, e todo conteúdo do Descomplica para se preparar para o Enem e outros vestibulares?

Saber mais

Blocos econômicos

Confira!

A partir de diferentes medidas, como a redução de tarifas, impostos ou exigências alfandegárias, é possível aumentar a fluidez de capitais, bens e pessoas entre os países membros. São uma resposta dos países ao processo de globalização, mas nem todos os blocos são iguais. Existem diferentes níveis de integração e, portanto, diferenças significativas em seus objetivos. Do mais simples ao mais complexo, sempre incorporando a característica do anterior, é possível classificá-los como:

  • Zona de Livre Comércio: busca facilitar a livre circulação de mercadorias e capitais dentro dos limites do bloco, estabelecendo uma tarifa interna comum (TIC). O Nafta, atualmente denominado UMSCA, é um grande exemplo.
  • União Aduaneira: Além da existência da TIC, é definida uma tarifa externa comum (TEC). Além de facilitar a livre circulação de mercadorias entre os países membros, busca definir tarifas únicas para negociar com outros países. O que possibilita esse tipo de bloco negociar com outros países ou outros blocos, buscando vantagens econômicas. O Mercosul é um exemplo.
  • Mercado Comum: possui todas as características dos blocos anteriores, porém apresenta uma integração mais ambiciosa, buscando-se uma padronização da legislação econômica, fiscal e trabalhista. O objetivo é a livre circulação de capitais, serviços e pessoas.
  • União Monetária e Política: é o maior nível de integração dos blocos. Além de possuir uma moeda única e consequentemente a criação de um Banco Central, busca também uma unificação legislativa profunda, superando os limites dos Estados. O único exemplo é a União Europeia e o tão famoso Banco Central Europeu, bem como o Parlamento Europeu.

Esquema representativo dos níveis de integração dos blocos econômicos.

União Europeia (UE)

União Monetária e Política formalmente criado em 1992, a partir do Tratado de Maastricht para estabelecer uma cooperação econômica e política entre os países europeus. É um dos exemplos de blocos mais avançados apresentando uma integração econômica, social e política, moeda comum, livre circulação de pessoas e funcionamento de um parlamento único. Recentemente, com a crise de migração enfrentada pelo velho continente, observou-se a criação de uma polícia de fronteiras. O bloco é composto por 28 países membros. Em junho de 2016, através de um plebiscito, o Reino Unido decretou a saída do bloco econômico, que deve ocorrer em 31 de janeiro de 2020.

O embrião do bloco surgiu em meados de 1957, com a criação da Comunidade Econômica Europeia (CEE). Era formada apenas pela: Alemanha, Bélgica, França, Itália, Luxemburgo e Países Baixos. Esta organização também era chamada de “Europa dos 6”. O contexto de criação da CEE foi na Guerra Fria, momento em que o mundo vivia a bipolarização entre os norte-americanos e soviéticos. O maior objetivo era formar uma aliança para fortalecer as comunidades europeias, recuperar suas economias e enfrentar o avanço da influência norte-americana. Nesse mesmo contexto, a Europa buscava se reconstruir dos danos da Segunda Guerra Mundial e, bem como, garantir a paz. Dessa forma, outra intenção foi construir uma força militar e de segurança. Na década de 1980 outros países integraram a CEE como a: Reino Unido, Grécia, Espanha, Dinamarca, Irlanda e Portugal. Com a adesão destes países, a comunidade europeia se chamaria de “Europa dos 12”.

Tratado de Maastricht (1992) propôs uma integração e cooperação econômica, buscando harmonizar os preços e as taxas de importação. Em 1999 foi projetada a união monetária, a qual consistia na criação de um Banco central e da moeda única, o Euro. Esta nova moeda foi capaz de gerar profundas mudanças no cenário geopolítico e pode dar condições de fortalecer a economia. Nem todos os países membros são permitidos adotar o Euro ou eles mesmos não desejam, como o caso do Reino Unido que manteve a libra esterlina como moeda principal. Outro acordo interno é o Espaço Schengen, no qual estabelece a livre circulação de pessoas, novamente, nem todos os países que pertencem a União Europeia fazem parte desse acordo.

Mercado Comum do Sul (Mercosul)

União Aduaneira criada a partir do Tratado de Assunção, em 1991, pela Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Seu objetivo é futuramente formar um Mercado Comum, com livre circulação de pessoas, porém as disparidades econômicas entre os membros, a baixa cooperação regional do Brasil e Argentina, além do caráter primário da maioria das exportações dos países membros, dificultam o desenvolvimento do bloco.

A Venezuela foi efetivada ao posto de quinto membro efetivo do bloco, em 2012, após uma verdadeira crise política no governo de Dom Fernando Lugo, no Paraguai. Esse país se posicionava contra a entrada da Venezuela, porém devido à suspensão do Paraguai em meio à crise política, a entrada da Venezuela foi aprovada. Hoje, a Venezuela se encontra suspensa desde 2017 por ruptura da ordem democrática. A Bolívia é outro país que possui interesse em fazer parte do Mercosul, manifestando seu interesse formalmente desde 2015. Sua entrada já está aprovada por todos os países, todavia falta a efetivação pelo Congresso brasileiro.

Mercado Comum do Sul (Mercosul)

North American Free Trade (NAFTA)

Zona de Livre Comércio, criada em 1992, por Canadá, Estados Unidos e México. Denominado Tratado de Livre Comércio das Américas esse bloco busca reduzir as tarifas alfandegárias entre os países membros. Desde sua criação a troca entre os países cresceu vertiginosamente, criando uma grande dependência do Canadá e do México para com os Estados Unidos. Desde a Crise de 2008 que afetou a economia americana e o mundo, o acordo é questionado, uma vez que as duas menores economias do bloco tiveram que procurar maior diversificação dos seus mercados. Mais recentemente, Donald Trump, pressionando ambas as economias, buscou a renegociação desse acordo, agora denominado USCAM, simplesmente a junção das siglas dos respectivos países. Todavia, para o acordo entrar em vigor, em 2020, falta apenas a assinatura do congresso americano, que impõem certas dificuldades aos projetos do republicano.

North American Free Trade (NAFTA)

Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN)

É uma organização intergovenamental criada em 1967, a partir do Tratado de Amizade e Cooperação. A partir de 1992, foi implantada uma zona de livre comércio entre os países membros. É composto por Tailândia, Filipinas, Malásia, Cingapura, Indonésia, Brunei, Vietnã, Mianmar, Laos e Camboja. Seus principais objetivos são estimular o comércio entre os países membros, além de garantir uma estabilidade política e econômica na região.

 

Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN)