Aumento do desmatamento no Brasil

Desmatamento no Brasil

O Brasil é um país gigantesco e com enorme biodiversidade e recursos hídricos. De grande extensão latitudinal, a diversidade climática e de vegetação cria diversos nichos socioeconômicos que se relacionam a isto. O desmatamento no Brasil é algo histórico. A mata atlântica, bioma localizado no litoral brasileiro, é o historicamente mais desmatado, pois desde a chegada colonial há maior concentração de cidades nessa região, além da exploração econômica, como a economia do café, que motivaram a supressão significativa desse bioma.

Nesse período colonial, a extração de araucárias por especulação de interesse europeu também foi um ciclo grande e importante. Hoje as araucárias são encontradas basicamente no sul do Brasil e em algumas regiões mais altas e frias em Minas Gerais. São árvores centenárias adaptadas a frio e grandes altitudes. Nos pampas gauchos o fenômeno da arenização cresce em função da supressão da vegetação.

Outro bioma muito impactado é o cerrado, com a expansão da fronteira agrícola do sul para o centro oste. Hoje essa fronteira chega a Amazônia, que tem sido suprimida em função do interesse madereiro e da expansão da soja e do gado. O desmatamento desses biomas causa profundas alterações climáticas e hídricas, podendo gerar seca em diversas regiões. Pela sua imensa e incrível biodiversidade, é possível pensarmos diversas possibilidades econômicas mais inteligentes e lucrativas para região.

A caatinga também vai sofrendo com o que chamamos de desertificação. Esse fenômeno se dá quando há a supressão da vegetação em ambietes áridos, reforçando a aridez. As queimas da vegetação para deixar o solo fértil com as cinzas temporariamente é uma prática comum mas que a longo prazo gera graves consequências.

Silvicultura
Trata-se de uma floresta antrôpica com a finalidade comercial. Ela pode ser uma agrofloresta biodiversa mas no caso do Brasil o que predomina é o uso de verdadeiras monoculturas das árvores de eucalipto. Usa-se eucalipto pois ela cresce rápido, facilitando a extração de madeira para a indústria. Pode-se dizer que essa prática reduz a pressão sobre a extração das árvores da Amazônia por exemplo. Porém, essa planta usa muita água, o que acaba desabastecendo lençois freáticos e reduzindo o volume de água dos rios nas proximidades. Além disso, não é uma árvore nativa, subsittuindo a vegetação típica do local, e não permite biodiversidade, uma vez que poucos animais como cupins e besouros se alimentam dessa árvore.