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A tragédia de Brumadinho

A tragédia de Brumadinho

Desastres ambientais
 

Mineração e Barragens
Na mineração normalmente a extração é de minerais compostos, por exemplo o Itabirito é composto de ferro e quartzo. Os minerais extraídos que não são interessantes para a mineração são chamados de rejeitos. Assim, é construída uma barragem para armazenar tais minerais sem valor econômico. Ela é construída com solo, rocha e o próprio rejeito da mineração. Depois é impermeabilizado com cascalho para evitar a infiltração da lama na barragem. Além disso, eles fazem um tubo dentro dessa barragem para que a água infiltrada seja captada e canalizada para reuso dentro das atividades da própria indústria.

As duas barragens que romperam (Mariana e Brumadinho) eram do tipo de Alteamento a montante, mais barata, porém ultrapassada. Outro tipo mais eficiente é a de alteamento a jusante. O que diverge nos dois tipos é a direção dos degraus que vão sendo construídos para barrar os rejeitos. No alteamento a montante, os degraus são construídos em direção aos rejeitos, aumentando a pressão, enquanto no alteamento a jusante, os degraus são construídos no sentido oposto, como mostra a imagem.

 

Mariana
O rompimento da barragem de Mariana (MG) ocorreu em 2015 no sub município de Bento Rodrigues. A empresa responsável foi a Samarco que é um braço da Vale com a BHP, capital misto entre Austrália e Inglaterra, e ocorreu na bacia hidrográfica do Rio Doce, que possui 83400km² de extensão, se estendendo até o Espírito Santo. A barragem que rompeu foi a do Fundão, que atingiu a barragem de Santarém, a jusante, e destruiu cidades como Bento Ribeiro, Mariana, Governador Valadares, Resplendor, atingindo também a região do Baixo Guandu e desaguando no Oceano Atlântico, já no Espírito Santo.

 Brumadinho

O rompimento da barragem de Brumadinho, ou barragem da Mina do Feijão, aconteceu no dia 25 de janeiro de 2019, no município de Brumadinho, a 65km de Belo Horizonte (MG). A barragem também era de responsabilidade da Vale. Após o rompimento, a vale anunciou que a companhia iria desativar estruturas similares em suas plantas. Importante citar que no contexto do ocorrido, os órgãos ambientais vinham sofrendo uma negligência econômica grave, o que gerava incertezas. Ao romper, formaram-se ondas gigantes de rejeitos e a velocidade da lama alcançou cerca de 80km/h. A barragem ficava próxima ao refeitório e área administrativa, o que causou morte dos funcionários da Vale. O rio Paraopeba, um dos afluentes do rio São Francisco, apresenta até hoje altas concentrações de ferro, manganês, cromo e cobre.