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A crise da Nicarágua

O professor Ricardo Marcílio descomplica a crise da Nicarágua. Confira!

Movimento Sandinista na Nicarágua

Na década de 1960, um movimento guerrilheiro foi formado com o objetivo de acabar com o imperialismo norte-americano e a interferência estrangeira na região da América Central. A Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN), como foi chamada, tinha cunho socialista e apoio do governo revolucionário cubano.

Uma guerra civil estourou na Nicarágua após o assassinato do jornalista Pedro Joaquín Chamorro, que participava ativamente contra a ditadura de Anastasio Somoza. Anastásio governou com apoio dos Estados Unidos, pois os norte-americanos consideravam a ditadura um forte aparato anticomunista. Assim como acontecera em Cuba no ano de 1959, a FSLN conseguiu dominar o Palácio presidencial, na capital do país, Manágua. O novo governo, representado por Daniel Ortega, afastou Anastásio Somoza, e, com a liderança da FSLN, prometeu dar fim às mazelas causadas pela ditadura e pelo imperialismo que assolavam o país.

Devido a sua inclinação política, os sandinistas realizaram uma aproximação com as nações do bloco socialista. Uma série de reformas foram prometidas para melhor distribuir a economia nicaraguense. Porém, tais medidas começaram a incomodar os setores mais conservadores e as classes dominantes no país. Na década de 1980, foi organizada uma força contrarrevolucionária para remover os sandinistas do poder. Os “Contras”, como eram chamados os oponentes do governo sandinistas, tiveram forte apoio financeiro dos norte-americanos e de membros das classes dominantes do país, como, por exemplo, membros da Igreja Católica e o empresariado nicaraguense. Em 1990, a crise política instalada com a oposição dos “contras” e a crise econômica acabaram com uma derrota eleitoral dos sandinistas e a eleição de Violeta Chamorro.

 

Eleições de 2010 e Crise na Nicarágua.

Após diversas tentativas frustradas de reeleição, em 2010, Daniel Ortega é reeleito. Seu governo foi marcado pela adoção de medidas de austeridades. Em 2018, deu início ao processo de Reforma da Previdência. Com uma população muito jovem, tais ações geram diversas manifestações que se intensificaram nesse ano, observando-se uma escalada da violência no país. Mesmo com a suspenção da Reforma da Previdência as manifestações continuaram adicionando-se também o surgimento de grupos paramilitares pró Daniel Ortega e contra o governo. Assim, recentemente observou-se uma grande mobilização popular pela antecipação das eleições de 2021 para 2019.