Exclusivo para alunos

Bem-vindo ao Descomplica

Quer assistir este, e todo conteúdo do Descomplica para se preparar para o Enem e outros vestibulares?

Saber mais

Características das angiospermas

Neste vídeo o professor Rubens Oda explicará características gerais das Angiospermas e sua evolução em relação às demais Divisões.

As Monocotiledôneas e dicotiledôneas

Folhas e caules

Raízes

As Flores

A Reprodução das angiospermas

Questão 1: reprodução vegetal

Questão 2: sementes

As angiospermas (assim como as gimnospermas) fazem parte do grupo das fanerógamas. As angiospermas são o grupo vegetal de maior diversidade no planeta. Este sucesso se deve principalmente com a relação dos animais, principalmente com os insetos. São as únicas plantas que apresentam flores e frutos, possuindo uma grande diversidade de espécies. As angiospermas são divididas em dois principais grupos: Monocotiledôneas (ex. Bambu, milho, cana de açúcar) e Dicotiledôneas (ex. roseira, feijão, cacto, tomate). As principais diferenças entre esses grupos estão listados abaixo. Conceitos importantes:

  • cotilédone é primeira folha que surge quando a semente germina
  • câmbio é o tecido que auxilia no desenvolvimento e organização dos vasos condutores de seiva
  • carpelo é uma estrutura feminina da flor, localizada no ápice do ovário, e no desenvolvimento do fruto está relacionado a quantos segmentos este fruto terá

Características e exemplos de monocotiledôneas.

Características e exemplos de monocotiledôneas.

Características e exemplos de dicotiledôneas.

Características e exemplos de dicotiledôneas.

As angiospermas são as plantas mais complexas da natureza e, por isso apresentam diversas estruturas, diversos tipos de raízes (pivotantes, fasciculadas, tuberosas, tubulares, pneumatóforos e sugadoras), folhas (diversos formatos e tamanhos) e caules (aéreos). Vale lembrar que as folhas estão envolvidas com os processos de fotossíntese, respiração e transpiração.

Exemplo de raiz das angiospermas.

Exemplo de raiz das angiospermas.

A flor é considera a estrutura reprodutiva da planta: as flores chamativas são características das Angiospermas, variam bastante de tamanho, cores e cheiros, que servem como atrativo para diferentes espécies animais que funcionam como polinizadores (ex. Enfomofilia – polinização por insetos, Quiropterofilia – polinização por morcegos, Ornitofilia – polinização por aves). As flores são formadas a partir de folhas modificadas, onde as sépalas formam o cálice (usualmente verde) e as pétalas a corola (usualmente coloridas). Elas podem ser hermafroditas (produzem estruturas masculinas e femininas – androceu e gineceu) ou monoicas (possuem apenas androceu ou apenas gineceu, respectivamente). No androceu, os estames formarão o pólen na região da antera, enquanto no gineceu, o carpelo formará o óvulo, na região do ovário.

Esquema mostrando as estruturas de uma flor hermafrodita. O nectário é a região onde o néctar é produzido; o pedúnculo também pode ser chamado de eixo floral.

Esquema mostrando as estruturas de uma flor hermafrodita. O nectário é a região onde o néctar é produzido; o pedúnculo também pode ser chamado de eixo floral.

  • Sépalas: localizadas abaixo das pétalas; protegem a flor imatura, envolvendo-a e formando o botão floral. Em conjunto formam o cálice.
  • Pétalas: Parte colorida com a função de atrair os polinizadores. Em conjunto formam a corola.
  • Estame: Estrutura masculina da flor. Apresenta uma porção alongada, o filete e uma porção terminal, a antera, que apresenta 4 sacos polínicos, os microsporângios, onde são produzidos os grãos de pólen. O conjunto forma o androceu.
  • Carpelo: Estrutura feminina da flor. É formado pelo estigma e ovário. O estigma é local que recebe o grão de pólen e no ovário encontram-se um ou mais óvulos. Cada óvulo contém um megasporângio. Uma flor pode ter mais de um carpelo, separados ou fundidos. Quando estão fundidos formam o pistilo. Todas as estruturas do carpelo formam o gineceu.

A reprodução das angiospermas não depende da água. Nas anteras, ocorre meiose para a produção dos micrósporos, que por mitose formam o pólen por meiose, enquanto no óvulo a meiose forma o megásporo, e neste, por mitose, se formam oosferas (fase haploide – gametofítica). Após o processo de polinização, o grão de pólen chega ao estigma, desenvolve o tubo polínico e ocorrem duas fecundações: a primeira forma um zigoto 2n, e a segunda se funde a outras duas células do gametófito feminino (núcleos polares) e forma o endosperma, que é 3n. O zigoto se desenvolve em um novo indivíduo  (fase diplóide – esporofítica), utilizando o endosperma como fonte de nutriente para o crescimento inicial. Nas angiospermas, o ovário se desenvolve para formar o fruto, protegendo a semente.

Esquema do ciclo reprodutivo das Angiospermas. No lado esquerdo, a formação do gameta feminino (oosfera), e do lado direito, a formação do grão de pólen.

Esquema do ciclo reprodutivo das Angiospermas. No lado esquerdo, a formação do gameta feminino (oosfera), e do lado direito, a formação do grão de pólen.

O fruto é exclusivo das angiospermas, e se desenvolve a partir do ovário, após a fecundação. Todas as partes do fruto são derivadas da flor.
É válido lembrar que como o fruto é resultado do desenvolvimento do ovário e a semente do desenvolvimento do óvulo depois da fecundação, caso o ovário tenha mais de um óvulo, o fruto terá mais de uma semente.