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Dados biográficos

Acompanhe a análise do romance "A falência", de Júlia Lopes de Almeida.

Principais personagens

Temas de destaque

Papel da(s) mulher(es)

Emancipação

Sobre a autora

Júlia Lopes de Almeida foi uma escritora, jornalista, teatróloga e abolicionista brasileira. Nascida na cidade do Rio de Janeiro, escreveu obras ainda no final do século XIX, sendo considerada a primeira romancista a retratar o cenário de cortiços brasileiros (um ano antes de Aluísio Azevedo). Sua narrativa, que não se baseava somente em um estilo literário - permeando entre o Realismo, Naturalismo e, até mesmo, traços românticos - trouxe obras incríveis para a literatura brasileira, como "Memórias de Marta" e "A Falência". Embora sua trajetória tenha sido crítica sobre os comportamentos sociais, Júlia se destacou somente a partir do século XX, sendo pedida pelos vestibulares na atualidade. 

Análise do livro "A Falência"

 "A falência", obra escrita em 1901, retrata a decadência de uma família com grandes privilégios econômicos, em que o patriarca, um grande comerciante de café, vai à falência no final do século XIX. Sendo a República Velha espaço para a narrativa, Francisco Teodoro (o comerciante) e sua esposa, Camila, descrevem os comportamentos típicos da burguesia no cenário vigente. O casal tem quatro filhos e, devido ao extremo trabalho de Teodoro, o homem não é capaz de perceber que sua esposa possui um relacionamento fora do matrimônio, e isso não a faz ter culpa ou se sentir mal, uma vez que é abordada com aprofundamento a liberdade da mulher. 

Assim, a partir de um erro nos negócios, a família perde todo o dinheiro e Francisco comete suicício. Nessa perspectiva, Camila, que já possuía uma origem humilde, é vista na mesma posição novamente, e tem que morar em uma casa dada pelo falecido à sua sobrinha, que cuidava da organização da antiga morada da família, Nina. É dessa maneira que a narrativa se desdobra para as duas personagens femininas, uma vez que é vista a autonomia da mulher, tendo em vista a apresentação das adversidades que o sistema capitalista e, portanto, também a luta de classes, posiciona os indivíduos.