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Antecedentes da 2a Guerra

Descomplique a História com o professor João Daniel. Confira!

O avanço do Eixo

O Ano da Virada: 1941

Derrota do nazifascismo

Derrota do Japão

Consequências da Guerra

Os lados da guerra


A 2ª Guerra Mundial começou com a declaração de guerra por parte da França e da Inglaterra contra a Alemanha alguns dias após as tropas de Hitler terem invadido o corredor polonês, região que estava fora dos acordos da Conferência de Munique. No entanto, apesar da política de apaziguamento adotada pelas forças aliadas, os anos anteriores à guerra já demonstravam uma movimentação bélica e expansionista que preparavam o terreno para novos combates. Se na Europa a Guerra Civil da Espanha, a invasão da Etiópia e a anexação de novos países serviram como laboratórios para a guerra, na Ásia, a expansão japonesa pelo Pacífico e a guerra contra a China também demonstraram o que estava por vir.

Deste modo, dois lados se configuraram no novo combate de escala global, com praticamente todos os continentes do mundo participando:

  • Aliados – Inglaterra, França, União Soviética e Estados Unidos da América eram os países principais, mas contaram com o apoio de países como Brasil, México, China, Canadá, Etiópia, África do Sul, Índia e outros.
  • Eixo – Alemanha, Itália e Japão eram as principais forças fascistas, mas também contaram com o apoio de Hungria, Romênia, Bulgária e outros.

Apesar da 1ª Guerra Mundial já ter surpreendido o mundo com as inovações tecnológicas, ela ainda ficou muito presa às trincheiras e
à baixa mobilidade das tropas. Entretanto, a 2ª Guerra contou com grande avanço das armas de longo alcance e permitiu que as batalhas fossem muito mais dinâmicas e tecnológicas. Exatamente por isso, pelo destaque das armas químicas e das tecnologias que a Alemanha, que investia pesado em sua indústria bélica, destacou-se nos primeiros anos da guerra.

 

Supremacia do Eixo (1939-1941).

 

Em 1939, Alemanha e URSS consolidaram a ocupação da Polônia, que proporcionou graves perdas para o país, como o exílio de pessoas, assassinatos, perseguição de judeus e opositores e prisões de poloneses em campos de concentração. A resistência polonesa foi organizada
principalmente através do Estado Secreto Polonês e da resistência militar que lutou contra a ocupação até o fim da guerra. 

Já em 1940, com a ocupação polonesa realizada, a Alemanha iniciou um avanço pela Europa que rapidamente dominou diversas regiões. Com a tática conhecida como Guerra Relâmpago (Blitzkrieg), os nazistas conseguiram, em abril, ocupar a Dinamarca e a Noruega e, em maio a Alemanha avançou sobre os países neutros, ocupando os Países Baixos, Luxemburgo e a Bélgica. A conquista desses territórios mirava a invasão na França, que esperava um ataque vindo pela fronteira alemã e não por uma divisa neutra.

Assim, a defesa que a França havia preparado contra a invasão nazista estava concentrada em um conjunto de trincheiras, túneis e bloqueios delimitados pela Linha Maginot, que se estendia por toda a fronteira entre Alemanha e França, no entanto, a invasão nazista contornou o bloqueio e penetrou por onde os franceses não esperavam, a região da floresta de Ardenas, uma divisa francesa com Luxemburgo e Bélgica.

A tática da Blitzkrieg surpreendeu o mundo, pois, em menos de dois meses a Alemanha garantiu consecutivas vitórias e pressionou os aliados, levando os conflitos para a grande Batalha de Dunquerque, derrotando até mesmo as tropas inglesas e francesas. A batalha de Dunquerque foi tão devastadora que se tornou uma marca no avanço das forças nazistas, visto que a derrota dos aliados colocou em prática a chamada Operação Dínamo, responsável pelo maior planejamento de retirada da história, com a evacuação e o resgate de mais de 300 mil soldados aliados, cercados e bombardeados pelas forças da Luftwaffe e dos tanques nazistas. A própria necessidade de um plano tão grande quanto a Operação Dínamo revela o quanto as forças aliadas subestimavam o poder bélico nazista e como esperavam, naquele momento, uma repetição dos padrões da 1ª Guerra Mundial. Assim, o dia 14 de junho de 1940, foi um dos ápices da 2ª Guerra, pois as forças nazistas finalmente ocuparam Paris e, uma semana depois, a França precisou declarar sua rendição, assinando o armistício na cidade de Compiègne, no mesmo vagão que a Alemanha havia assinado, em 1918, a derrota da 1ª Guerra.

Como consequência da rendição, a região da Alsácia-Lorena se tornou parte da Alemanha, o norte da França, com suas indústrias, virou uma zona de influência nazista e o governo francês foi passado para o Marechal Philippe Pétain que iniciou o novo regime colaboracionista fascista na cidade de Vichy, sendo, portanto, um governo fantoche da Alemanha nazista.

Após o domínio sobre a França, as forças nazistas se concentraram nas lutas aéreas contra a Royal Air Force, na chamada Batalha da Grã-Bretanha. A vitória inglesa no ar era fundamental para evitar que novas investidas por mar e terra levassem Londres ao mesmo destino que Paris. Por outro lado, enquanto as batalhas explodiam na Europa, os Estados Unidos mantinham uma distância da guerra e garantia seus altos lucros com o comércio de armas e equipamentos para as forças aliadas. A URSS, por sua vez, mantinha os acordos de não agressão aos nazistas e garantia as conquistas de seus pontos de interesse no leste europeu.

Já na Ásia, o expansionismo japonês e os conflitos com a China não cessaram. Em 1940, o Japão conquistou a Indochina, colônia francesa, justamente para bloquear rotas usadas pelos aliados para o comércio de armas com os chineses, evento esse que se tornou parte, no futuro, do próprio desenrolar da própria independência da Indochina e da Guerra do Vietnã.

Por fim, em 1941, a Alemanha lançou um ousado plano de guerra, quebrando os acordos do Pacto Molotov- Ribbentrop, que ficou conhecido com a Operação Barbarossa. Reunindo milhares de tanques, aviões, armas e soldados, a Alemanha invadiu a União Soviética e dividiu a guerra em duas frentes, uma no ocidente, contra a Inglaterra e outra no oriente, contra os soviéticos. A intenção da Alemanha com essa investida era de conquistar os territórios ocidentais da URSS, garantindo assim poços de petróleo, campos férteis, mão de obra escravizada na região balcânica e indústrias, além, naturalmente, de derrotar os socialistas.

As primeiras campanhas tiveram o sucesso esperado pelos nazistas, com diversas vitórias e a conquista da região da Ucrânia. Os alemães conseguiram avançar e quase conquistaram ainda cidades importantes como Leningrado, Stalingrado e Moscou, mas exatamente nesses locais, amargaram a resistência e derrotas. No caso de Leningrado, as tropas de Hitler ainda conseguiram cercar a cidade, mas a resistência soviética impediu a entrada dos inimigos. Bloqueados, os nazistas realizaram um cerco à cidade que durou de 8 de setembro de 1941 até o dia 27 de janeiro de 1944, ou seja, quase 900 dias impedindo a entrada de alimentos e sufocando os russos.

Com essa operação, cerca de 1,5 milhões de pessoas morreram só em Leningrado. Entretanto, apesar da pressão em Leningrado, Moscou e Stalingrado conseguiram superar as invasões nazistas e o sucesso da vitória comunista em Stalingrado, permitiu, inclusive, uma reviravolta na Guerra, deixando os soldados nazistas encurralados entre o frio e o Exército Vermelho.

As ofensivas soviéticas contra os nazistas, aos poucos trouxeram maior equilíbrio à batalha no front europeu, já no lado oriental, uma reviravolta também se iniciava em 1941. No dia 7 de dezembro, a base americana de Pearl Harbor, no Havaí, foi violentamente atacada pela força aérea japonesa, que lançou os pilotos suicidas conhecidos como kamikazes em ataques diretos a navios, quartéis e instalações militares.

Os Estados Unidos, do presidente Roosevelt, apesar de não ter enviado soldados para a guerra até este momento, apoiava abertamente as forças aliadas e já havia condenado a expansão do fascismo através da chamada Carta do Atlântico. No entanto, o ataque dos kamikazes japoneses se tornou, enfim, um estopim para a entrada norte-americana na guerra e, consequentemente, para um equilíbrio das forças.

 

Equilíbrio das forças (1942-1943)

 

A entrada dos Estados Unidos na Guerra aconteceu, primeiramente, com as campanhas americanas na Guerra do Pacífico, enfrentando o domínio japonês na região. As batalhas no Pacífico foram as mais longas da 2ª Guerra, visto que já aconteciam antes da expansão nazista e continuaram mesmo com a queda de Hitler e Mussolini. Pela longevidade dessas batalhas, os Estados Unidos, com uma economia muito mais forte, conseguiram superar a cansada marinha japonesa depois de um início com algumas derrotas, entretanto, os japoneses não se renderam facilmente. Uma outra entrada dos americanos na Guerra foi no norte da África, apoiando os aliados nas lutas contra as forças do Eixo no Marrocos, na Tunísia e no Egito. A conquista dessas regiões e a derrota dos fascistas foi fundamental para o início de uma outra operação, a da Invasão da Sicília.

Assim, dois meses depois da vitória dos aliados no norte da África, com o Mediterrâneo livre, as tropas iniciaram a invasão da Sicília e, posteriormente, do resto da Itália. A entrada dos aliados logo levou o país à rendição, com o exílio de Mussolini para a cidade de Saló e a assinatura do Armistício de Cassibile, que, em tese, retirava as tropas italianas de combate. Desta forma, o plano de ataque pressionou ainda mais a Alemanha nazista, que precisou reforçar suas defesas na península itálica contra o ataque dos aliados, que contava nesta operação, inclusive, com o apoio militar da Força Expedicionária Brasileira.

Ainda no lado ocidental, em 1943, o deslocamento das forças nazistas para a região italiana foi fundamental para a vitória soviética na Batalha de Kursk, que deu ainda mais força para a ofensiva do Exército Vermelho. Entre 1943 e 1944, o avanço soviético permitiu a libertação de uma grande extensão de território ocupado pelos nazistas, empurrando cada vez mais as tropas de Hitler de volta para Berlim. Até o final de 1944, a União Soviética já tinha reconquistado regiões como a cidade de Leningrado, a Crimeia, a Ucrânia, a Iugoslávia, a Grécia e Belgrado.

Em 1943, portanto, os ventos já sopravam a favor das forças aliadas, com contínuas vitórias no Pacífico, na África e na Europa, logo, a confiança na derrota nazista levou os chefes de Estado das forças aliadas a se reunirem no final de 1943 na chamada Conferência do Teerã. Este evento marcou o primeiro encontro oficial entre o presidente dos Estados Unidos, Franklin D. Roosevelt, o primeiro-ministro britânico Wiston Churchill e o líder soviético Josef Stálin para decidirem os rumos da guerra e os primeiros planos para o pós-guerra. Nesta conferência foi acordado a entrada nos Estados Unidos na Europa, a formação de um cerco à Alemanha pelas frentes oriental e ocidental, conversaram sobre a divisão da Alemanha após a sua derrota e ainda debateram a configuração das futuras fronteiras na Polônia e na União Soviética.

 

Derrota do Eixo (1944-1945).

 

Como havia sido estabelecido pela Conferência do Teerã, a entrada em massa das tropas dos Estados Unidos na Europa aconteceu no dia 6 de junho de 1944, no chamado Dia D, apenas dois dias depois da tomada de Roma. A entrada dos americanos foi feita com um desembarque de milhares de soldados (dentre eles também canadenses e ingleses) na baía da Normandia. A invasão tinha como objetivo a reconquista da França e, de fato, uma série de combates foram realizados, marcados pelo recuo das tropas nazistas até o dia 25 de agosto, quando a cidade de Paris foi retomada.

Durante a libertação francesa, vale destacar que, apesar da força dos aliados na organização e nos combates, houve uma participação fundamental dos próprios franceses, organizados na resistência antifascista conhecida como Forças Francesas Livres, liderada pelo General Charles de Gaulle. Assim, a reconquista da França e as vitórias soviéticas no lado oriental iniciaram uma corrida entre americanos e socialistas pela conquista de Berlim.

A previsão da derrota alemã reuniu mais uma vez, em fevereiro de 1945, os grandes estadistas na chamada Conferência de Yalta. Desta vez, restava consolidar as discussões sobre a divisão dos territórios alemães e a distribuição das zonas de influência nos lados ocidentais e orientais entre União Soviética, Inglaterra e Estados Unidos, fato que marcou a futura Guerra Fria.

No mês seguinte, enfim, o desfecho da Guerra previsto em Yalta se consolidou, a União Soviética finalmente invadiu a capital alemã, Berlim, capturando o Reichstag e levando Adolf Hitler a cometer suicídio no dia 30 de abril de 1945. Dois dias antes, Benito Mussolini, na Itália, também havia sido capturado e morto por guerrilheiros da resistência italiana, enfim terminando a 2ª Guerra Mundial na Europa, com a grande vitória das forças aliadas.

Por fim, com a vitória na Europa, a terceira reunião das forças aliadas, na Conferência de Potsdam, definiu a separação da Áustria da Alemanha, assim como o fim das anexações nazistas, a divisão da Alemanha e de Berlim em 4 zonas administrativas, a “desnazificação” da Europa e o julgamento dos criminosos nazistas pelo tribunal de Nuremberg, o pagamento de indenizações da Alemanha às potências vencedoras e, enfim, os termos da rendição do Japão, última potência do eixo ainda resistindo.

Apesar da derrota dos regimes fascistas na Itália e na Alemanha, no oriente o Japão permanecia de pé, mesmo após uma série de derrotas para a marinha americana nas ilhas do Pacífico. O imperador Hirohito, em acordo com o primeiro-ministro japonês Kantaro Suzuki, ignorou o ultimato de Potsdam, que declarava que sem a rendição, as forças aliadas devastariam o Japão. De fato, a persistência japonesa teve como consequência um dos momentos mais brutais da 2ª Guerra Mundial e grande definidor das relações internacionais durante a Guerra Fria.

Em agosto de 1945, os aviões americanos lançaram sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki duas bombas nucleares com um poder de destruição nunca visto antes. A força das bombas era capaz de definir qualquer guerra pela destruição instantânea de uma cidade inteira, por isso, logo se tornou a principal arma do século XX e uma ferramenta de poder e diplomacia entre as nações.

O Holocausto Se os campos de batalha pareciam para muitos soldados durante a guerra a maior das barbáries, muitos tiveram a infelicidade de descobrir que por trás das armas e tanques poderia existir algo ainda pior. Durante esse período, muitos países mantiveram escondidos em seus territórios grandes campos de trabalho forçado para onde enviavam prisioneiros de guerra, espiões e até mesmo pessoas inocentes, de outras etnias.

Essas enormes prisões, conhecidas como Campos de Concentração, torturaram e mataram milhões de seres humanos pelos mais diversos e bárbaros motivos. No caso norte-americano, por exemplo, Campos de Concentração na Califórnia e no Texas eram responsáveis pela prisão e pelo trabalho forçado de milhares de japoneses e nikkeis (descendentes que nasceram fora do Japão). Na União Soviética, os chamados Gulags já existiam nos tempos do Czar e continuaram a prender opositores políticos, inimigos de guerra e criminosos nos tempos bolcheviques. Além do trabalho forçado, nos Gulags os prisioneiros muitas vezes morriam de fome ou de frio como punição.

No Brasil, a prática também foi utilizada em diversos momentos de sua história, para a prisão de imigrantes, criminosos, deficientes físicos, retirantes e opositores políticos. No entanto, nessa conjuntura de 2ª G.M, os campos de concentração foram utilizados em diversas cidades para o aprisionamento principalmente de alemães, italianos e japoneses, muitas vezes acusados falsamente de colaboração com os seus países. Assim, apesar da prática de criação de Campos de Concentração ter sido comum entre países Aliados durante a guerra, os piores e mais marcantes casos ainda continuam no sistema de campos construído pelas forças do Eixo, que foram responsáveis pela morte de milhões de pessoas, pois estes internacionalizaram suas prisões e ainda contaram com uma motivação étnica e eugênica muito superior à vista nos campos dos aliados.

No caso japonês, por exemplo, Campos de Concentração foram criados em diversas regiões conquistadas na Ásia e prenderam não só opositores ao regime e inimigos de guerra, como também civis chineses, coreanos e tailandeses para fins “científicos”. Essas pessoas serviram como cobaias para experimentos e testes de novas armas químicas e biológicas, além de serem obrigadas a trabalharem para o regime japonês. No caso italiano também houve uma distribuição de Campos de Concentração em territórios conquistados, sobretudo nas colônias africanas. Neles, judeus, africanos, comunistas e inimigos de guerra também foram presos e forçados ao trabalho e a condições desumanas.

Enfim, o caso mais emblemático de construção de um sistema de Campos de Concentração e responsável por uma das maiores barbáries da história foi, de fato, o caso da Alemanha Nazista. Os primeiros campos nazistas datam de 1933, estando nessa época sob responsabilidade da polícia nazista (Schutzstaffel – SS) e de Heinrich Himmler. Os campos eram destinados a opositores políticos, criminosos e a “elementos racialmente indesejáveis”. Essa postura evidencia assim o caráter extremo da eugenia no país, afinal, para a construção de uma raça “perfeita e superior”, era necessária a realização de uma “limpeza” étnica, sendo o destino dessas pessoas consideradas inferiores e degeneradas os campos de concentração.

Dentre os “elementos racialmente indesejáveis” encontravam-se principalmente judeus, negros e ciganos, outros eram presos políticos como os comunistas, ou presos considerados degenerados, como homossexuais ou deficientes físicos, em alguns casos. Assim, nos Campos de Concentração, essas pessoas eram forçadas a realizarem trabalhos pesados, serviam como cobaias para experimentos químicos extremamente violentos, eram utilizadas como treinos para guerra e lá passavam fome e frio, sendo completamente desumanizadas.

Um outro caso também foi o dos chamados Campos de Extermínio que, apesar de muito próximos aos Campos de Concentração, estes tinham o objetivo de alcançar a chamada Solução Final, que era o genocídio da população judaica almejado por Hitler, conhecido, hoje, como Holocausto ou Shoá (como chamam os Judeus). Nestes campos, Câmaras de Gás eram utilizadas para matar seres humanos em escalas industriais, pilhando corpos e queimando pessoas inocentes, estima-se, portanto, que cerca de 6 milhões de judeus foram mortos neste processo nos anos de guerra.

 

Consequências da Guerra.

 

Ao fim da 2ª Guerra Mundial, além do número exorbitante de pessoas mortas, que gira entre 60 e 80 milhões de seres humanos, há também uma significativa mudança geopolítica no mundo.

Com o fim da guerra, duas potências se destacam no mundo, de um lado os Estados Unidos da América, influenciando o ocidente com o capitalismo e, do outro lado, a União Soviética, que manteve o Exército Vermelho ocupando toda a região do leste europeu e cresceu a influência do socialismo pelo oriente.

Esta nova divisão global refletia também na própria divisão da Alemanha e da capital, Berlim, que se tornou um símbolo do mundo bipolar durante os anos de Guerra Fria que se iniciaram pós-1945. No lado ocidental, a Alemanha era dividida entre as potências capitalistas aliadas, França, Inglaterra e Estados Unidos, como definido nas conferências, e, pelo lado oriental, a ocupação era soviética. De fato, muitos dos acordos realizados em Potsdam foram cumpridos, sobretudo os projetos de desnazificação, com os julgamentos dos criminosos nazistas no tribunal de Nuremberg.

Enfim, apesar da falência da antiga Liga das Nações, uma nova tentativa de criação de uma instituição global responsável pela manutenção da paz no mundo foi realizada, desta vez, com a criação da Organização das Nações Unidas (ONU).