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Atualidades - A Loucura

Confira uma aula ao vivo de atualidades.

A história da Loucura

Esse foi um livro publicado por Michel Foucault no qual faz uma análise histórica da loucura. Na antiguidade clássica, a loucura era uma concepção provisória, como uma espécie de mensagem. Os deuses queriam passar uma mensagem para você, era algo transitório e não definitivo. Na idade média, a loucura era entendida como uma possessão demoníaca. Era algo ainda transitório, mas que não precisava se afastada do convívio. Sendo exorcizada, essa loucura seria solucionada. Já no contexto do renascimento e o desenvolvimento da razão, seguida de uma laicização do mundo, a loucura passa a ser um problema que exige a internação e assim se proliferam os hospitais e manicômios. Na verdade, os pobres, os excluídos e incapazes de cuidarem de si seriam aqueles internados. É nesse contexto que se observa uma significativa mudança sobre o que é a loucura.

 

Phillipe Pinel e a loucura

No contexto do século das luzes e de expansão do iluminismo, Phillipe Pinel foi um médico que defendia que loucos deveriam ser isolados do convívio e estudados. Dessa forma, seria possível descobrir o que causou a loucura e quem sabe curá-la. A loucura passa por uma questão de isolamento, medicalização e desumanização. Já no contexto da Segunda Guerra Mundial, observa-se um declínio dessas instituições, uma vez que devido ao conflito e horrores da guerra houve uma proliferação da loucura. Retoma-se o entendimento que a loucura não pertencia ao indivíduo e que deveria ser mais bem estudada e tratada.

 

A casa dos loucos e a luta antimanicomial 

O manicômio ou casa dos loucos surge nesse contexto que a loucura implicava no distanciamento social, no isolamento e medicalização do indivíduo. Assim, nos últimos anos observa-se o surgimento de uma luta contra essas instituições que buscam isolar as pessoas. No Brasil, o Hospital Colônia de Barbacena foi um exemplo de maus tratos, descaso e tortura. Em seu livro Holocausto Brasileiro, Daniela Arbex destaca o genocídio de 60 mil pessoas nesse maior hospício do Brasil. Assim, a luta antimanicomial busca acabar com esses hospitais, combater o isolamento, acabar com o preconceito objetivando uma maior integração, proteção e tratamento dessas pessoas acometidas por diferentes diagnósticos psiquiátricos. No país, 18 de maio é o dia da luta antimanicomial no Brasil.