Repercussões da Guerra
Defenestração de Praga
França e Inglaterra
Perseguições Religiosas
O Declínio Imperial
A Guerra dos Trinta Anos foi um conflito entre diversos reinos da Europa que ocorreu entre 1618 e 1648. Apesar da principal motivação ser religiosa, configurando-se como um conflito entre cristãos católicos e protestantes, outras causas também foram reivindicadas, como mudanças dinásticas, disputas territoriais e comerciais e rivalidades entre dinastias diferentes. A guerra se tornou um dos combates mais sangurentos da história da Europa, levando aproximadamente 8 milhões de pessoas a morte.
Apesar do seu desenvolvimento conduzir a guerra à novas reivindicações, seu estopiem, em 1918, estava relacionado à aliança dos Habsburgos do Sacro Império Romano-Germânico, reinado por Rodolfo II (1576-1612), com a Igreja Católica. Durante esse reinado, a aliança em questão ampliou a perseguição aos protestantes, chegando a destruir templos, impedir a liberdade de culto e assassinar pessoas. Em 1608, como forma de se defender, os protestantes criaram a União Protestante, enquanto os católicos, no ano seguinte, criaram a União Católica.
Na Boêmia, onde reinava Felipe II, possível herdeiro Habsburgo do Sacro Império, os protestantes tentaram buscar seu apoio contra as perseguições. No entanto, sendo um católico, Felipe II manteve as perseguições e ainda proibiu o culto protestante em seu reino. Os protestantes, em resposta, invadiram o palácio real em 23 de maio de 1618, atacaram os representantes do rei e declararam seu apoio a Frederico V como novo rei. Esse evento ficou conhecido como a "Defenestração de Praga" e se tornou o estopim da Guerra dos Trinta Anos.
Assim, as disputas entre católicos e protestantes duraram trinta anos que podem ser divididos em 4 fases da guerra:
- Período palatino-boêmio (1618-1624)
- Período dinamarquês (1624-1629)
- Período sueco (1630-1635)
- Período francês (1635-1648)
A partir de 1624, a guerra passou a se internacionalizar, contando com apoio cada vez maior de reinos protestantes como os Países Baixos e a França e reinos católicos, como a Espanha. Os conflitos religiosos também se tornaram um interesse por terras e pelo enfraquecimento da poderosa dinastia Habsburgo.
Enfim, no quarto período, a França já havia invadido dominínios Habsburgos, cercando Munique, enquanto a Suécia cercava Praga. Essa situação deixou os católicos em uma posição desfavorável na guerra. Assim, em 1648, a guerra chegou ao fim e o Tratado de Vestfália foi assinado, declarando a paz entre os reinos, marcando a independência definitiva dos Países Baixos e da Suiça, o aumento dos territórios franceses, incusive tomando a Alsácia-Lorena do Sacro Império. Essa nova configuração geopolítica, portanto, enfraqueceu o poder dos Habsburgos e do Papa e ampliou a força da França na Europa.