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Industrialização No Sudeste

A existência de uma melhor infraestrutura de transporte, de capital, oriundo da atividade cafeeira e mineração, e a presença de mão de obra são fundamentais para explicar a concentração industrial no Sudeste.

São Paulo: O Coração Industrial Brasileiro

Indústrias Sudeste E Sul

Desconcentração Industrial E O Crescimento Do Nordeste

Crescimento Industrial: Norte E Centro-oeste

Desconcentração produtiva 
A dinâmica da globalização, possibilitada pela revolução técnica (transporte e comunicação) da Terceira Revolução Industrial, permitiu que as indústrias se espalhassem pelo mundo. O termo industrialização deixou de estar associado apenas aos países ricos. A localização industrial passou a ser definida pelas vantagens competitivas, como a flexibilização das leis trabalhistas, ambientais ou as mais diferentes isenções fiscais. Isso provocou a denominada Guerra dos Lugares ou Guerra Fiscal. Nesse processo, as regiões excluídas tendem a ficar cada vez mais de fora, pois não conseguem oferecer tais demandas. 

A partir da década de 1990, intensificou-se o processo de inserção do Brasil no mundo globalizado. A abertura econômica fez com que diversas indústrias nacionais, acostumadas a políticas de proteção governamental, fechassem as portas ou fossem vendidas para grandes grupos. Ao mesmo tempo, os estados e municípios passaram a competir para conquistar as unidades fabris das indústrias. É nesse momento que, pela primeira vez, se observa uma relativa desconcentração industrial no Brasil.

Parte dos estabelecimentos empresariais fundados antes de 1969 e depois de 1995

 

A indústria nas regiões brasileiras


Sudeste: A indústria é historicamente concentrada nessa região, devido ao acúmulo de capital e infraestrutura possibilitados pela atividade cafeeira. Hoje, devido à guerra fiscal, ao alto custo do solo, ao trânsito caótico e a diversos outros impostos, as indústrias e empresas passaram a buscar outras regiões que possibilitassem uma maior lucratividade. Mesmo assim, essa ainda é a região mais importante em termos industriais, destacando-se o estado de São Paulo, sede dos principais tecnopolos do país, como a cidade de São José dos Campos, que reúne o Instituto Tecnológico de Aeronáutica e a Embraer, além de Campinas e seu tecnopolo no entorno da Unicamp.

Sul: Porto Alegre (RS), Caxias do Sul (RS), Curitiba (PR) e Vale do Itajaí (SC) são as principais áreas industriais. Entre as atividades que se destacam, podem-se citar as montadoras de automóveis, a produção de vinho, a produção têxtil e o desenvolvimento de softwares de gerenciamento de empresas.


Nordeste: Representando aproximadamente 10% da produção industrial do país, as regiões metropolitanas de Salvador (BA), Recife (PE) e Fortaleza (CE) são as principais áreas de destaque, em que os setores tradicionais, como as indústrias têxtil e alimentícia, sobressaem. Os principais polos industriais dessa região são: o Centro Industrial de Aratu e o Polo Petroquímico de Camaçari, ambos na Grande Salvador, além do Complexo Industrial e Portuário do Porto de Suape (Recife) e do Complexo Portuário Industrial do Pecém (Ceará).

Centro-Oeste: Goiás é o estado com maior número de indústrias da região. Mato Grosso e Mato Grosso do Sul possuem suas indústrias concentradas na capital. As indústrias automobilística e farmacêutica são as principais atividades do setor na região.

Norte: A Zona Franca de Manaus (AM) concentra boa parte da produção industrial da região. Todavia, destaca-se, também, a atividade industrial relacionada ao extrativismo mineral, como no caso do Projeto Carajás e do Projeto Trombetas, ambos localizados no estado do Pará.