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A Crise Da Década De 1920

Os antecedentes da crise de 1929, como a crise de superprodução, é a base para o declínio do liberalismo na primeira metade do século XX. Um grande entendimento que podemos destacar nesse momento é a nova postura do capitalismo, que agora tem um forte caráter intervencionista: o keynesianismo.

Os Protagonistas do Liberalismo

Uma Crise de Superprodução

A Quebra da Bolsa

A Crise se Espalha ao Mundo

O Keynesianismo

A quinta-feira negra

O acentuado ritmo de crescimento e a produção industrial norte-americana não cessavam, contudo, ao longo da década de 1920, o valor real dos salários não crescia, o consumo interno reduzia e os países europeus recuperavam suas economias e seus lugares no mercado global. Essa conjuntura, naturalmente, não favorecia as indústrias americanas, muito menos a massiva quantidade de produtos lançadas no mercado graças a produção em massa do taylorismo.

Em julho de 1929, a produção industrial americana já demonstrava os impactos que sofria com essas mudanças na conjuntura econômica global. Há queda de produção, os gastos e os baixos lucros provocaram nesse período uma série de demissões e uma leve recessão econômica. A situação desfavorável dessas empresas assombrava a burguesia industrial, que viu nos meses seguintes o preços de suas ações despencarem e suas dívidas contraídas com empréstimos e créditos em bancos ampliarem.

Assim, em setembro, com a falência de algumas empresas, a confiança de muitos investidores começou a desandar e, como uma bola de neve, a instabilidade econômica cresceu rapidamente com falências, dívidas e desempregos, até que, no dia 24 de outubro de 1929, na chamada quinta-feira negra, a bolsa de valores de Nova Iorque registrou a maior queda de valores de ações da história, que provocou o chamado crash da bolsa e a iniciou a crise de 1929.

A quebra da bolsa de Nova Iorque piorou ainda mais a situação econômica, afinal, desesperadas, muitas pessoas começaram a retirar seus investimentos das empresas e dos bancos, deixaram de pagar dívidas e de consumir. Da noite para o dia, milhares de pessoas perderam tudo o que tinham, outros cometeram suicídio e muitos passaram a viver nas ruas.

Essa crise também teve como consequência, na Europa, o fortalecimento do nazifascismo, afinal o colapso do liberalismo foi utilizado como justificativa para as mudanças políticas na Alemanha. No caso brasileiro, como o café nacional era vendido principalmente para os Estados Unidos, há economia do país também acaba afetada com a suspensão das compras e o acúmulo de estoques do produto. Por outro lado, um dos poucos países do mundo que não sofreram com essa quebra econômica foi a União Soviética, que vivia em uma economia fechada e socialista, por conta das mudanças realizadas por Stálin.

 

O New Deal e o resgate da economia

A solução definitiva para a Grande Depressão que abateu os Estados Unidos em 1929 foi implementada apenas em 1933, com um pacote de leis e medidas econômicas do presidente Franklin D. Roosevelt, o chamado New Deal.

A demora na tomada de medidas eficazes contra a crise aconteceu pela crença do então presidente Hoover na recuperação natural da economia. Assim, pautado ainda nos princípios liberais, Hoover defendia que não deveria haver uma intervenção do Estado na economia, apenas o auxílio a bancos e grandes empresas, para que essas se recuperassem, mas sem um controle estatal. A crença de Hooever, entretanto, aprofundou a crise iniciada em 1929 e apenas com a eleição de Roosevelt que uma nova postura foi adotada em 1933.

Enfim, o novo projeto doi inspirado nas teorias do economista John M. Keynes, que defendia um maior controle da economia pelo Estado e a criação de um estado de bem-estar social, com políticas públicas voltadas para a assistência social. O New Deal, portanto, se opunha ao antigo liberalismo e colocava o Estado de forma atuante nas relações econômicas.

Através do New Deal, portanto, para reverter a grave crise econômica, o governo americano promoveu:

  • Criação de previdências sociais;
  • Obras públicas, visando aumentar a oferta de empregos;
  • A concessão de créditos e subsídios a pequenos produtores rurais
  • Criação de empresas estatais;
  • A redução de importações e o maior controle do mercado.